Descubra os benefícios da autoprodução de energia e como a modalidade contribui para a rentabilidade de sua empresa. Leia agora o blogspot agora mesmo!
Você já imaginou sua empresa não apenas consumindo energia, mas gerando-a internamente? Já imaginou a redução de custos e a previsibilidade orçamentária a partir da autoprodução de energia? E sabe quais são os principais benefícios da autoprodução de energia?
Não é apenas uma estratégia, mas sim uma revolução no modo como as organizações abordam sua demanda energética. Do planejamento financeiro robusto à construção de uma imagem corporativa sustentável, as vantagens são diversas e impactantes.
Ficou com curiosidade para conhecer os principais benefícios da autoprodução de energia? Continue neste artigo e saiba como funciona e quais são os principais benefícios da autoprodução de energia. Boa leitura!
Imagine sua empresa não apenas como consumidora, mas como uma verdadeira geradora de sua própria eletricidade.
Segundo a Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia, nesta modalidade, o autoprodutor está apto a utilizar a energia gerada para suprir, parcialmente ou totalmente, as necessidades energéticas do seu negócio, sendo possível, ainda, compartilhá-la com outros consumidores.
Se a empresa recorrer a fontes renováveis, esse processo é eficiente, sustentável e, a longo prazo, reduz significativamente a dependência da rede pública de fornecimento de energia, além de contribuir para a descarbonização, à medida que não utiliza fontes convencionais de energia que emitem gases poluentes à atmosfera.
A autoprodução de energia é uma prática que permite a captação e conversão de recursos naturais em eletricidade utilizável. Os sistemas de energia solar, por exemplo, utilizam painéis fotovoltaicos para capturar a luz solar e convertê-la em energia elétrica.
Para ilustrar essa abordagem, considere uma implementação de sistemas de energia solar industrial. Os painéis solares são estrategicamente instalados em locais como telhados ou áreas disponíveis como usinas, permitindo que uma empresa transforme diretamente a luz do sol em eletricidade.
Essa autonomia energética é uma etapa essencial para reduzir a dependência das concessionárias de energia. Essa prática não apenas fortalece a autonomia energética, mas também se torna estratégica em períodos de Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) elevado, maximizando a economia para as empresas.
Na prática, durante os períodos de maior incidência solar, os painéis solares geram energia em excesso em relação às demandas da empresa. Esse excedente é inteligentemente integrado à rede elétrica, tornando-se um recurso valioso.
Em contrapartida, a entrega consiste nessa contribuição, oferecendo créditos que se traduzem em descontos na fatura de energia.
Esse sistema é especialmente eficaz em empresas industriais, em que, durante o dia, a energia gerada pelos painéis solares alimenta uma gama diversificada de necessidades, desde a alimentação de equipamentos eletroeletrônicos até a manutenção de infraestruturas robustas.
Ao longo do texto, abordamos alguns benefícios que a autoprodução de energia oferece para as organizações, como a redução da pegada de carbono. Porém, as vantagens são diversas. Confira!
Não tem como citar as vantagens da autoprodução sem citar a redução de custos operacionais. Sem dúvidas, a redução significativa nos custos das organizações é o principal benefício.
Segundo dados fornecidos pela Firjan, a conta de luz pode chegar a representar mais de 40% dos custos de produção em uma indústria.
A isenção de encargos é uma vantagem estratégica da autoprodução. No caso de autoprodução local, não há cobrança integral de encargos setoriais e impostos como ICMS, PIS e COFINS sobre a energia gerada e consumida internamente. Além disso, dependendo da fonte geradora, pode ocorrer a redução da demanda contratada junto à distribuidora local.
Vale pontuar que é possível vender energia caso haja excedente gerado. Ou seja, além de economizar recursos, a autoprodução torna-se extremamente lucrativa para as empresas, à medida que possibilita a lucratividade para as mesmas.
A autoprodução de energia elétrica emerge não apenas como uma estratégia eficaz para empresas, mas como uma ferramenta essencial para produtividade, práticas sustentáveis e alinhar-se às diretrizes do ESG (Ambiental, Social e Governança).
Essa abordagem desempenha um papel crucial na redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), contribuindo significativamente para mitigar as mudanças climáticas.
A liberação de gases do efeito estufa (GEE) é um dos principais causadores das mudanças climáticas. Entre os mais perigosos, estão o dióxido de carbono ou gás carbônico (CO²), que representa, segundo o World Wide Fund for Nature (WWF), mais de 70% de todos os gases maléficos para a atmosfera, e o metano (CH4).
Ao optar por fontes renováveis na autoprodução, como a energia solar, as empresas reduzem sua pegada de carbono, mitigando a emissão de CO² e outros gases importantes.
Essa escolha estratégica não atende apenas às expectativas da sociedade em relação à responsabilidade ambiental, mas também endossa o compromisso da empresa em enfrentar os desafios climáticos globais.
Além disso, a autoprodução de energia contribui para a descarbonização da matriz energética, desempenhando um papel vital na transição para fontes mais limpas.
A autoprodução de energia proporciona uma previsibilidade de custos notável, permitindo às empresas um planejamento financeiro mais estratégico. Ao gerar sua própria eletricidade, as oscilações nos preços de mercado tornam-se menos impactantes, conferindo estabilidade às projeções orçamentárias.
É importante destacar que, em momentos de aumento nas tarifas, uma empresa que possui seu próprio sistema de geração de energia pode continuar operando normalmente, sem interrupções ou custos adicionais.
O primeiro passo para se tornar um autoprodutor é operar no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Essa categoria abrange desde consumidores individuais, pessoas jurídicas até consórcios de empresas, ampliando a flexibilidade de participação.
A obtenção do status de autoprodutor exige autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão responsável por avaliar e aprovar todas as propostas de geração de energia elétrica.
A ANEEL não apenas concede a autorização necessária, mas também supervisiona o desenvolvimento dos empreendimentos. Uma vez autorizado pela ANEEL, abre-se a possibilidade de escolher entre duas modalidades de autoprodução: contígua ou remota, cada uma com características distintas.
Não sabe a diferença entre as modalidades? Confira:
● Autoprodução contígua: nesta modalidade, a geração e o consumo de energia ocorrem no mesmo local. É uma opção eficaz para empresas que buscam independência energética localizada;
● Autoprodução remota: já na autoprodução remota, a geração de energia ocorre em um ponto distante do consumo local. Um exemplo típico é a geração em usinas eólicas, geralmente situadas em áreas remotas.
A autoprodução remota se destaca como uma escolha atrativa para empresas de maior porte. Nesse caso, a empresa precisa apenas associar-se à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e contar com o suporte da empresa contratada para acompanhar e orientar em todos os trâmites.
Essa abordagem simplifica consideravelmente os processos, permitindo que a empresa economize tempo e recursos, direcionando seus esforços para melhorar suas operações e melhorar a rentabilidade.
A autoprodução de energia oferece diversos benefícios para as organizações, sendo uma excelente alternativa para as empresas reduzirem os seus custos, contribuírem para a descarbonização, além do reconhecimento por práticas sustentáveis.
Inclusive, é muito provável que você já tenha ouvido falar sobre a transição energética. Ela é fundamental para diminuir a emissão de gases do efeito estufa (GEE). O blog da EDP possui um conteúdo completo sobre o assunto abordando o que é, como funciona e o cenário dela no Brasil. Não perca a oportunidade de saber tudo sobre o tema!
Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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