Energia solar no Brasil: histórico, cenário atual e previsões

A energia solar no Brasil é uma das promessas para o presente e o futuro do setor energético. Essa nova forma de gerar eletricidade, baseada no uso de um recurso inesgotável e ambientalmente amigável, vem conquistando o mercado nacional desde o ano de 2012 e colocando o país em destaque no cenário mundial de energias limpas.

Empresas, comércios, fábricas e indústrias são alguns dos estabelecimentos que mais podem se beneficiar com a adoção da energia solar para suprir em parte ou completamente suas necessidades de consumo. As vantagens atingem não somente a reputação e o posicionamento ecológico da marca, mas também podem impactar os lucros e a economia do negócio.

No entanto, antes de bater o martelo e implementar sistemas de energia solar, é importante esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto, incluindo as vantagens e desvantagens da energia solar no Brasil. Continue a leitura e descubra a resposta para essas e outras perguntas, como quando surgiu a energia solar no Brasil, quais são os principais benefícios e o que esse tipo de geração representa para o país atualmente.

A energia solar é uma fonte alternativa de energia que aproveita a luz ou o calor do sol para gerar eletricidade ou energia térmica. A eletricidade produzida pode ser aplicada para alimentar equipamentos eletroeletrônicos e a energia térmica é empregada em sistemas de aquecimento, como aquecedores de água.

Dentre as diferentes abordagens da energia solar, destaca-se a energia fotovoltaica, amplamente reconhecida e adotada no Brasil. Esse método se baseia na captura da radiação solar por meio de painéis ou placas compostos por materiais que se agitam e se mexem quando são expostos à luz do astro.

A interação dos painéis com a luz solar resulta em um tipo específico de energia, conhecida como cinética, que está relacionada com a velocidade das partículas em movimento. Posteriormente, a energia cinética é convertida em eletricidade por meio de inversores, turbinas e geradores.

Uma vez gerada, a eletricidade é distribuída pelas redes de transmissão para residências, empresas, fábricas, indústrias e estabelecimentos comerciais, desempenhando uma ampla variedade de funções essenciais, como impulsionar máquinas, iluminar ambientes, aquecer, carregar dispositivos e operar uma ampla gama de aparelhos elétricos.

A adoção da energia solar como principal fonte de eletricidade traz consigo um conjunto notável de vantagens, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a sociedade em geral, além das pessoas e empresas que optam por essa fonte para atender suas demandas energéticas.

O meio ambiente é um dos grandes beneficiados pela implementação da energia solar. Diferentemente das fontes convencionais, como as baseadas em petróleo, tanto a geração quanto o consumo de energia solar são isentos da emissão de gases tóxicos e poluentes. Esse diferencial contribui para a manutenção da qualidade do ar e exerce um papel essencial na desaceleração das mudanças climáticas.

Os consumidores que optam por fazer a transição das fontes convencionais para a energia solar também podem desfrutar de vantagens importantes provenientes dessa forma limpa, segura e responsável de gerar energia.

Primeiramente, a adoção da eletricidade fotovoltaica proporciona a independência de estabelecimentos e residências em relação às distribuidoras tradicionais. Isso ocorre porque os painéis geradores podem ser instalados em telhados, quintais ou até mesmo em sistemas flutuantes, permitindo a produção de energia no próprio local de consumo. 

A baixa necessidade de manutenção dos painéis também representa uma vantagem adicional, uma vez que eles podem perdurar até 25 anos e exigem apenas intervenções anuais ou semestrais.

Caso o espaço seja limitado ou o proprietário opte por manter a geração de energia separada do local de consumo, existe também a alternativa de escolher sistemas fornecidos por uma usina de energia solar no Brasil. Tais sistemas produzem eletricidade e a enviam para o local desejado por meio da rede de distribuição.

Seja por meio da energia gerada localmente ou proveniente de usinas solares, outra vantagem notável da energia elétrica solar é a previsibilidade dos custos. Ao contrário das flutuações nos preços dos combustíveis fósseis que afetam outras formas de geração de eletricidade, a energia solar oferece uma maior estabilidade nos preços ao longo do tempo e diminui os gastos imprevistos.

Ainda nesse sentido, o constante investimento em tecnologias solares e os custos reduzidos de produção podem resultar em uma redução considerável nos preços da energia, proporcionando economia nas contas de eletricidade ao longo do tempo.

Em resumo, os principais benefícios da energia solar incluem:

• origem alternativa e renovável, ou seja, que não depende de combustíveis fósseis e não acaba;
• alta disponibilidade, fácil acesso e baixa manutenção;
• permite um consumo sustentável a curto e longo prazo, favorecendo o desenvolvimento das gerações futuras;
• tem caráter limpo e ecologicamente responsável, sem a liberação de substâncias prejudiciais na natureza;
• contribui para a independência energética de casas e empreendimentos;
• reduz os custos em energia e aumenta a previsibilidade da conta de luz.

O desenvolvimento da energia solar no Brasil teve seu início em 2012, com a instalação pioneira dos primeiros sistemas fotovoltaicos no país. Essa trajetória foi impulsionada pela combinação de incentivos governamentais para a adoção de fontes renováveis, como a solar, com o rápido avanço tecnológico na produção dessa energia e a crescente atenção às questões ambientais.

No período entre 2016 e 2018, houve um salto de mais de 10 vezes na capacidade de energia solar no Brasil. Durante esses anos, aproximadamente 41 mil novas usinas foram implantadas em território nacional, elevando a participação da energia solar na matriz energética nacional de 0,1% para 1,4%.

Os anos seguintes também presenciaram um crescimento notável da energia solar, consolidando ainda mais seu papel de destaque como fonte de energia renovável. Até o ano de 2022, o Brasil já contabilizava cerca de 500 mil usinas fotovoltaicas, distribuídas entre instalações independentes e projetos centralizados em empresas especializadas, sendo o quarto país que mais instalou energia solar no ano.

Esse progresso acelerado da energia solar no Brasil reflete tanto a sua capacidade de suprir as necessidades energéticas do país quanto a crescente consciência da importância de fontes limpas e renováveis para a preservação do meio ambiente e o impulso ao desenvolvimento sustentável.

Como resultado do avanço rápido e contínuo, o cenário energético do país sofreu transformações significativas. Em 2023, a energia solar já ultrapassou a geração eólica (produzida com base na força dos ventos) e se firmou como a segunda fonte mais utilizada na matriz energética brasileira, confirmando seu papel fundamental na diversificação da matriz energética e no estímulo à sustentabilidade.

De acordo com informações disponíveis no site do Governo Federal, em março de 2023, o Brasil se tornou o oitavo maior país em capacidade instalada  para geração de energia solar. O clima tropical, com alta incidência de radiação solar em diversas regiões, foi crucial para esse crescimento e pode permitir que os números sejam ainda mais impressionantes nos próximos anos.

Os mais de 2 milhões de sistemas solares instalados em casas, comércios, indústrias, terrenos e fachadas brasileiras prometem alimentar um crescimento de mais 10 GW (Gigawatts) de capacidade instalada até o final do ano, superando os recordes batidos até o momento e aumentando a potência nacional de 18 GW para até 28 GW.

Além de ser um investimento promissor em nível individual e nacional, a produção solar também tem gerado impactos na redução do desemprego desde sua implantação no Brasil, em 2012.

Somente em 2020, foram mais de 40 mil empregos gerados, mesmo diante da crise desencadeada pela pandemia de COVID-19. Os novos postos favorecem a movimentação da economia nacional e podem refletir em um desenvolvimento social mais eficaz e fortalecimento do setor empresarial.

Com esse cenário positivo, novas políticas têm sido criadas e implementadas pelo governo para ampliar ainda mais o papel da energia solar na matriz energética brasileira. Em março, por exemplo, um decreto propôs isenção fiscal para semicondutores e incluiu a energia solar como uma das beneficiadas.

Tais iniciativas podem estimular a adesão a essa forma de geração e fazer com que, nos próximos anos, o Brasil passe a liderar os rankings mundiais no ramo de energia renovável e limpa.

A energia solar é uma fonte promissora para reduzir os custos operacionais, aumentar a independência energética e alinhar as ações da empresa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Com essa nova forma de produzir e consumir eletricidade, as indústrias e os comércios têm a oportunidade não apenas de fomentar um desenvolvimento pautado na responsabilidade ecológica, mas também de efetuar economias substanciais nas despesas com energia. Simultaneamente, ainda podem disseminar sua postura ecologicamente consciente entre os consumidores, o que deve fortalecer a imagem da marca e, possivelmente, atrair novos clientes.

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