Na gestão de excedente de energia solar, diante das possibilidades de venda ou conversão em créditos para abatimento em contas futuras, surge o desafio: qual a melhor escolha?
Entender as dinâmicas e o potencial econômico do excedente de energia solar é essencial para otimizar seus benefícios, tanto no aspecto financeiro quanto ambiental.
A decisão sobre o que fazer com o excedente de energia solar envolve uma análise detalhada das vantagens e desvantagens de cada opção. Veja como a venda ou a utilização futura dos créditos de energia pode impactar a sua gestão energética!
O excedente de energia ocorre quando a geração excede o consumo imediato do local onde o sistema está instalado.
Esse excesso de geração é influenciado por diversos fatores, como a capacidade instalada do sistema fotovoltaico, a incidência solar no local (no caso de energia solar) e cálculos de consumo de energia da empresa.
Tecnicamente, o excedente pode ser medido por sistemas de monitoramento em tempo real, que fornecem dados precisos sobre geração e consumo, permitindo uma gestão eficaz desse excedente.
Vender o excedente de energia solar oferece uma série de vantagens para as empresas, desde benefícios financeiros até contribuições significativas para a sustentabilidade. Abaixo, entenda melhor cada um desses benefícios.
A venda do excedente de energia solar transforma um recurso não utilizado em uma fonte de receita, contribuindo para o fluxo de caixa da empresa.
Com a geração de receita adicional, as empresas podem recuperar mais rapidamente o investimento feito na instalação dos sistemas fotovoltaicos, se for o caso.
Muitas regiões oferecem incentivos, como créditos fiscais ou tarifas bonificadas, para empresas que contribuem com energia renovável para a rede.
A venda de excedentes permite que as empresas participem ativamente dos mercados de energia verde, abrindo portas para novas oportunidades de negócios e parcerias.
A receita adicional da venda de excedente oferece às empresas maior flexibilidade financeira para investir em outras áreas, incluindo novos projetos de sustentabilidade.
Embora existam muitos benefícios na venda de energia solar excedente, é importante se atentar para alguns pontos que podem reduzir ou potencializar as vantagens da operação. Confira a seguir!
O sistema de compensação de energia elétrica converte o excedente de energia gerado em créditos, que podem ser utilizados para abater o consumo posteriormente, por exemplo, em períodos de menor geração solar.
Do ponto de vista técnico, esse processo envolve a medição bidirecional de energia, em que a energia injetada na rede é medida separadamente da consumida, gerando um saldo de créditos.
A validade e a forma de utilização desses créditos são regulamentadas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), oferecendo uma opção de economia na fatura de energia.
Os créditos de energia no Brasil são calculados conforme a resolução normativa da ANEEL. Por exemplo, se um sistema fotovoltaico injeta 100 kWh de energia excedente na rede e a tarifa estabelecida for equivalente a R$ 0,50 por kWh, o produtor acumulará R$ 50,00 em créditos de energia.
Esses créditos podem ser utilizados para abater o consumo em meses subsequentes, de acordo com as regras de compensação vigentes.
A seguir, confira as respostas para as principais dúvidas sobre excedente de energia solar.
Isso depende de vários fatores, incluindo as tarifas de compra atuais, as expectativas de uso futuro de energia e as políticas regulatórias.
Avaliar cuidadosamente as condições de mercado e as opções disponíveis pode ajudar a maximizar os benefícios econômicos e sustentáveis de seu sistema fotovoltaico.
Sim, a maioria dos regimes de crédito de energia estabelece um período de validade para os créditos acumulados, que pode variar de acordo com a regulamentação local. É importante conhecer essa validade para planejar o uso efetivo dos créditos e evitar perdas.
A modernização no setor elétrico legislativo pode afetar os sistemas fotovoltaicos já instalados, alterando as condições para a venda de excedente ou a acumulação de créditos.
Algumas regulamentações oferecem proteções ou períodos de transição para sistemas existentes, enquanto outras podem impor novas obrigações.
Manter-se atualizado e, se possível, buscar aconselhamento especializado, pode ajudar a navegar por essas mudanças.
A decisão entre vender o excedente de energia ao grid ou transformá-lo em créditos para compensação futura requer uma análise cuidadosa das condições de mercado, regulamentações vigentes e dos próprios padrões de consumo energético.
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Verena Greco é Gerente Operacional na EDP Brasil. Ela é graduada em Engenharia de Energia pela PUC Minas e em Engenharia de Energia Renovável pela Hochschule Schmalkalden – University of Applied Sciences e tem MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec. Verena Greco escreve sobre Energia Solar.
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