A energia alimenta nossas casas, indústrias e transportes. Existem diferentes tipos e fontes de energias renováveis e não renováveis, pois a maneira como ela é produzida e consumida tem um impacto direto no meio ambiente.
Deste modo, discutir e entender sobre o tema é de suma importância para tomarmos decisões mais conscientes sobre nosso consumo e para contribuirmos com um futuro mais equilibrado.
Ao longo do texto, exploraremos as principais diferenças entre as fontes de energia e como a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável é fundamental para o futuro do nosso planeta. Boa leitura!
Fontes de energia renováveis são aquelas que são inesgotáveis, ou seja, estão disponíveis em abundância na natureza. Elas são consideradas sustentáveis, pois sua utilização não resulta no esgotamento dos recursos.
Entre os tipos de energias renováveis mais comuns estão a energia solar, a energia eólica, a energia hidrelétrica e a biomassa. Elas são fundamentais para a produção de energia limpa, reduzindo a emissão de gases poluentes e o impacto ambiental.
Em contraste, as fontes de energia não renováveis são aquelas que existem em quantidade limitada na natureza e não se regeneram em curto ou médio prazo. Sua extração e utilização contribuem para o esgotamento dos recursos naturais.
Exemplos de fontes de energia não renováveis são o petróleo, o carvão mineral, o gás natural e o urânio utilizado nas usinas nucleares. A exploração dessas fontes tem um impacto ambiental significativo, incluindo a emissão de gases de efeito estufa e outros poluentes, além da degradação do meio ambiente.
Além disso, a dependência dessas fontes pode levar a problemas de instabilidade nas redes e volatilidade nos preços, devido à sua finitude. Sendo assim, diversificar a matriz energética é uma opção que pode gerar muitos benefícios.
A principal diferença entre os tipos de energia renováveis e não renováveis está na sua fonte de origem e na sua capacidade de regeneração, ou seja, a energia não renovável pode se esgotar na escala de tempo humana.
Um ponto de atenção muito importante consiste na sustentabilidade e no impacto ambiental causados na extração e no uso da energia.
Enquanto as fontes renováveis oferecem uma alternativa mais ecológica e duradoura, as não renováveis apresentam desafios quanto à disponibilidade a longo prazo e à preservação do meio ambiente.
Por isso, a promoção do uso de fontes renováveis é fundamental para garantir um futuro energético sustentável e menos poluente.
Em um contexto global marcado pela crescente demanda por energia e pela necessidade urgente de mitigar os impactos das mudanças climáticas, as fontes de energia limpas e renováveis assumem um papel fundamental na construção de um futuro mais sustentável.
Elas representam uma alternativa viável e promissora à matriz energética tradicional, baseada em combustíveis fósseis, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Em 2022, a geração de energia renovável no Brasil (usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa) bateu recorde com o maior percentual dos últimos 10 anos, sendo responsável por 92% de toda a eletricidade produzida no país, conforme apontado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Além disso, o país é um dos líderes em produção de energia limpa, devido às suas condições geográficas e climáticas favoráveis.
A energia solar é uma fonte de energia renovável que usa a luz e o calor do sol para obter eletricidade. Esta tecnologia tem se tornado cada dia mais popular, devido aos seus benefícios ambientais e econômicos.
Além disso, é uma fonte abundante, inesgotável e pode ser aproveitada em diversas regiões do mundo, especialmente em áreas com alta incidência solar, como o Brasil.
A energia eólica é obtida por meio do movimento dos ventos. Utilizando aerogeradores, a energia cinética do vento é transformada em energia elétrica.
Os parques eólicos, compostos por múltiplos aerogeradores, podem ser instalados tanto em terra (onshore) quanto no mar (offshore), uma vez que nessas áreas os ventos tendem a ser mais frequentes e intensos.
A energia eólica foi uma das fontes renováveis que mais cresceu nas últimas décadas, devido à sua eficiência e ao baixo impacto ambiental durante a operação.
A energia hidrelétrica, por sua vez, é produzida pela força da água em movimento, geralmente em barragens que represam rios. A água armazenada nas barragens é liberada para passar por turbinas, que acionam geradores elétricos.
Além disso, é uma fonte renovável amplamente utilizada, especialmente em países com abundância de recursos hídricos. Apesar de ser uma fonte limpa durante a geração de eletricidade, a construção de barragens pode ter impactos ambientais e sociais significativos, uma vez que, para isso, é necessário alagar grandes extensões de terra.
A biomassa é derivada de materiais orgânicos como resíduos agrícolas, madeira e outros subprodutos biológicos. Esses materiais podem ser queimados diretamente para gerar calor ou convertidos em biocombustíveis, como etanol e biodiesel, que podem ser utilizados em motores de combustão interna.
A biomassa é uma fonte de energia renovável que pode ajudar a reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que oferece uma solução para a gestão de resíduos.
A energia geotérmica é gerada pelo calor interno da Terra, que pode ser acessado através de fontes termais, gêiseres ou perfurações profundas. Ela pode ser usada para gerar eletricidade em usinas geotérmicas ou para aquecimento direto em aplicações residenciais e industriais.
É uma fonte de energia constante e independente das condições climáticas, o que a torna uma opção confiável para geração de energia.
O hidrogênio pode ser produzido a partir de várias fontes, incluindo a eletrólise da água (separação da água em hidrogênio e oxigênio usando eletricidade), reforma do gás natural e até mesmo através da biomassa. Quando produzido usando energia renovável, como a energia solar ou eólica, o hidrogênio é considerado verde, uma vez que todo o processo é livre de emissões de carbono.
Devido a isso, representa uma solução de energia limpa e eficiente, com potencial para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis. No entanto, ainda existem desafios a serem superados, como a redução dos custos de produção e a criação de uma infraestrutura adequada para distribuição e armazenamento.
Essas fontes são formadas ao longo de milhões de anos e, uma vez consumidas, não estão disponíveis novamente em curto/médio prazo (pelo menos, não em uma escala de tempo humana).
Sua extração e utilização contribuem para o esgotamento dos recursos naturais. A exploração dessas fontes tem um impacto ambiental significativo, incluindo a emissão de gases de efeito estufa, poluição e degradação ambiental.
A seguir, falaremos sobre as principais fontes de energia não renováveis e suas características.
O petróleo é uma das principais fontes de energia não renováveis, sendo amplamente utilizado para a produção de combustíveis fósseis, como gasolina, diesel e querosene.
Ele é extraído do subsolo por meio de perfurações e refinado para obter diversos produtos derivados. A queima de petróleo e seus derivados libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e outros poluentes na atmosfera, contribuindo com o aquecimento global e a poluição do ar.
O carvão mineral é um combustível fóssil formado a partir de restos vegetais soterrados e submetidos a altas pressões e temperaturas ao longo de milhões de anos.
Ele é amplamente utilizado para a geração de eletricidade em usinas termelétricas. A combustão do carvão libera altas quantidades de CO₂, além de outros poluentes como óxidos de enxofre e nitrogênio, que contribuem para a chuva ácida e problemas respiratórios.
O gás natural é um combustível fóssil composto principalmente por metano (CH₄). Ele é extraído de reservatórios subterrâneos e pode ser utilizado tanto para a geração de eletricidade quanto para aquecimento e transporte.
Embora a queima de gás natural produza menos CO₂ em comparação ao petróleo e ao carvão, ela ainda contribui significativamente para as emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, o vazamento de metano durante a extração e transporte pode ter um impacto ambiental severo, pois o metano é um gás de efeito estufa muito
As fontes de energia não renováveis exerceram um papel central no desenvolvimento econômico e industrial ao longo dos últimos séculos. No entanto, seu uso extensivo traz consigo uma série de desvantagens significativas que precisam ser consideradas na busca por um futuro energético sustentável e equilibrado.
A dependência contínua desses tipos de energia não apenas ameaça a segurança energética global, mas também contribui para graves problemas ambientais e sociais. Confira abaixo alguns dos principais!
A extração e a queima de combustíveis fósseis resultam em emissões significativas de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO₂), que contribuem para o aquecimento global e a poluição do ar. Além disso, a extração de petróleo e gás pode causar derramamentos e contaminação de ecossistemas;
Fontes de energia não renováveis são finitas e podem se esgotar com o tempo. A dependência desses recursos pode levar a crises energéticas e volatilidade nos preços, impactando negativamente a economia global;
Produzir energia a partir de carvão e urânio gera resíduos tóxicos e radioativos que precisam ser gerenciados adequadamente. Se a gestão desses resíduos for inadequada, pode levar a problemas ambientais e de saúde pública.
Diante das desvantagens significativas das fontes de energia não renováveis, a transição para fontes de energia renováveis é definitiva. Uma solução sustentável é a adoção de energia solar.
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Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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