Fontes de energia renováveis e não renováveis: diferenças

Você sabe de onde vem a energia que chega na sua empresa? Existe uma diferença muito grande entre as fontes de energia renováveis e não renováveis, que engloba tanto o preço que chega na sua conta todos os meses quanto o impacto causado no meio ambiente. 

De acordo com dados apresentados na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), em 2022, cerca de 85% da energia elétrica gerada no Brasil provém de fontes renováveis, como o sol e a água. Isso representa um avanço em relação a outros países, sendo a média mundial de apenas 25%. 

Entretanto, o Brasil não está livre das fontes poluentes. Por isso, ao longo deste texto, vamos explicar quais são as vantagens e desvantagens das fontes de energia renováveis e não renováveis e como a energia solar pode ser uma ótima opção focada na sustentabilidade. Então, continue com a gente e faça uma ótima leitura!

Entre as energias renováveis, estão:

• solar;
• eólica;
• hidrelétrica;
• bioenergia;
• geotérmica;
• hidrogênio.

Por outro lado, as fontes de energia não renováveis são:

• carvão mineral;
• gás natural;
• nuclear.

Mas o que são fontes de energia renováveis e não renováveis? Quais são os tipos utilizados no Brasil? A seguir, vamos explicar melhor sobre as vantagens e desvantagens das fontes de energia renováveis e não renováveis. Acompanhe!

A energia renovável é aquela produzida por fontes que conseguem ser restabelecidas na natureza. Por exemplo: você consegue imaginar que o vento e a luz solar possam acabar um dia? Não, e é por isso que eles são considerados fontes inesgotáveis, diferentemente do petróleo, que é um recurso finito. 

Outra característica das fontes renováveis de energia é seu baixo ou nulo impacto ambiental, ou seja, são recursos sustentáveis que não liberam gases do efeito estufa na atmosfera ou afetam a fauna e a flora local. 

Por conta do seu tamanho continental e por sua riqueza natural, o Brasil é um dos líderes na produção de energia limpa. Segundo dados da Enerdata, o nosso país é o segundo na lista de maiores produtores de energia renovável, ficando atrás apenas da Noruega, que tem quase 100% de energia limpa em todo seu território.

As usinas hidrelétricas utilizam a força das águas para gerar energia. Com a construção de grandes barragens, o rio fica responsável por girar a turbina e, assim, gerar eletricidade, que é distribuída por fios de alta tensão ao longo de todo o país. 

O Brasil conta com a segunda maior usina hidrelétrica do mundo: a Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Por estar na divisa com o Paraguai e ter sido construída por meio de um acordo entre os dois países, a usina também fornece parte de sua energia para algumas regiões do país vizinho. 

A energia solar é proveniente da luz do sol. Por meio de painéis solares fotovoltaicos, os raios solares são transformados em eletricidade. Por ser um país de dimensões continentais e com clima predominantemente quente, o Brasil é um ótimo polo de produção desse modelo de energia.

Além de painéis solares privados em residências e empresas, é possível construir usinas de energia solar. Como exemplo, é pertinente citar que a EDP construiu a primeira usina solar que distribui eletricidade para 100 agências do Banco do Brasil (BB) em Minas Gerais. 

A energia eólica utiliza a força dos ventos para produzir eletricidade. Para isso, é necessária a construção de aerogeradores, que têm grandes hélices que são movimentadas pelos ventos fortes e fornecem energia mecânica.

Nos geradores, essa força é transformada em eletricidade. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, o Nordeste tem mais de 90% da produção de energia eólica do Brasil, abrigando cerca de 720 parques eólicos. 

A bioenergia é produzida por meio da queima de matérias orgânicas. Para isso, são utilizadas plantas, madeira, resto de alimentos e outros resíduos naturais. As queimas do etanol e o biodiesel também fazem parte da produção de energia de biomassa, já que são feitos organicamente.

Embora a bioenergia produza gás carbônico (CO2), que é extremamente poluente, ela ainda é considerada uma fonte de energia renovável limpa e sustentável. Isso porque, comparada com a queima de combustíveis fósseis, a biomassa libera quantidades muito menores de CO2, que podem ser facilmente absorvidas pela vegetação.  

A energia geotérmica provém do calor da terra, ou seja, as usinas utilizam o interior escaldante do planeta para produzir eletricidade. Isso é realizado por meio das fontes de água superaquecidas que são ejetadas, como “gêiseres”.

Esse tipo de energia sustentável é muito pouco utilizado em todo o mundo, mas é muito viável em territórios localizados no encontro de duas placas tectônicas, por exemplo. 

O hidrogênio vem sendo bastante discutido como alternativa energética para o futuro por ser uma fonte de energia renovável, já que é encontrado de forma abundante na natureza. E pode ser produzido sem a emissão de poluentes, dependendo do processo utilizado para a sua obtenção. 

Quando produzido a partir da eletrólise, processo que consiste na separação da molécula de hidrogênio da água por meio da ação da eletricidade, o hidrogênio recebe a alcunha de “verde”. Para isso, é preciso que a eletricidade utilizada no processo tenha sido obtida a partir de fontes renováveis. Diferentemente de outras fontes que liberam gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, a energia proveniente do hidrogênio verde libera apenas vapores de água, que não são tóxicos para a atmosfera. 

As fontes de energia não renováveis são, como o próprio nome já denuncia, finitas. Isso significa que elas não são capazes de se regenerar ao longo do tempo. Pense, por exemplo, no petróleo, que é uma riqueza que pode se esgotar, já que é oriunda da decomposição de matéria orgânica ao longo de milhões de anos. 

A produção de energia por fontes de energia não renováveis, na maioria das vezes, libera gases tóxicos na atmosfera. Por isso, não são opções sustentáveis e vão na contramão de ações ecológicas. 

Segundo o Balanço Energético 2022, do Ministério das Minas e Energia, 16% da energia produzida no Brasil provém de combustíveis fósseis e a energia nuclear corresponde a 1,1%. Além disso, a distribuição da eletricidade de fontes não renováveis aumenta em períodos de seca, quando ocorre a queda na produção das hidrelétricas. 

O gás natural é um tipo de combustível fóssil, ou seja, é encontrado no subsolo (geralmente marítimo). Ele é extraído em refinarias de petróleo e encaminhado por dutos até as usinas. A queima do gás é a responsável por girar a turbina e, assim, produzir a eletricidade. 

O gás natural é, como o petróleo, um produto finito. Ele é originado da decomposição da matéria orgânica ao longo dos milhões de anos. No Brasil, a maior parte do gás é extraído dos oceanos. 

Muito utilizado em usinas termelétricas no Brasil e no mundo, a queima do carvão mineral aquece a água, que gira uma turbina e, assim, produz eletricidade. O carvão mineral é extremamente poluente. Sua queima libera gases do efeito estufa, que aceleram o aquecimento global. 

As usinas nucleares utilizam componentes químicos para gerar energia. No Brasil, é utilizado o sistema de fissão nuclear do urânio, um elemento extremamente radioativo e não renovável. 

Nesse processo, um átomo de urânio é dividido em dois, liberando, assim, eletricidade. Atualmente, o Brasil tem duas usinas nucleares em funcionamento: Angra 1 e Angra 2, no estado do Rio de Janeiro. 

Embora não produza gases do efeito estufa, a energia nuclear pode ser muito perigosa para a natureza, já que o processo de produção envolve substâncias radioativas. Por isso, seus resíduos precisam ser tratados com muito cuidado e atenção.

A fonte de energia renovável mais usada no Brasil é a hidrelétrica. Segundo o Ministério de Minas e Energia, mais de 65% da eletricidade produzida no país provém da força das águas. Em seguida, estão a biomassa (9,1%) e a eólica (8,8%).

Além de Itaipu, o Brasil conta com outras grandes usinas hidrelétricas, como as de Belo Monte, Tucuruí, Ilha Solteira e outras centenas em funcionamento. Por dispor demuitos rios caudalosos, o país é um paraíso para a produção de energia hídrica.

As empresas devem investir em energia renovável por motivos como sustentabilidade, redução de custos e visão de marca. Um estudo da Green Brands Global Survey mostra que, além dos benefícios ecológicos, a adoção de fontes de energia limpa também pode proporcionar mais economia e lucro. 

E como investir em fontes de energia renováveis? Uma opção simples é a instalação de painéis solares em sua empresa, que produzem eletricidade por meio da absorção dos raios do sol. 

Na sequência, entenda melhor por que um negócio pode alcançar benefícios ecológicos e financeiros com a energia limpa.

Como mencionamos, as fontes de energias sustentáveis, principalmente a solar, não causam impacto negativo no meio ambiente.

Lembra da ação da EDP com o Banco do Brasil? Com a usina de energia solar, estima-se que a instituição vai economizar mais de R$ 80 milhões ao longo de 12 anos.

O estudo da Green Brands Global Survey revelou que 64% dos brasileiros estavam dispostos a investir mais dinheiro em produtos sustentáveis. Isso mostra que marcas que se importam com o meio ambiente apresentam um maior apelo popular, o que gera mais renda. 

Por tudo isso, fica visível que o investimento em energia limpa retorna na forma de lucros para a empresa e para o planeta.

Ao longo deste texto, você entendeu o que são fontes de energia renováveis e não renováveis e teve acesso aos benefícios do investimento em eletricidade limpa, ou seja, que não impacta negativamente o meio ambiente.

Então, que tal conferir outros conteúdos sobre sustentabilidade? Confira o blog da EDP, no qual você encontra artigos que podem ajudar a sua empresa a caminhar para um futuro mais ecológico. Boa leitura!