A geração de energia solar, incluindo a geração compartilhada de energia solar, segue em expansão no Brasil devido à rentabilidade financeira que a modalidade oferece para empresas que desejam utilizar os seus recursos de maneira mais robusta e sustentável.
Para se ter uma ideia, em 2023, o país bateu recorde da expansão de geração solar, chegando a 83,79% de fontes renováveis em sua matriz elétrica, que é o conjunto das fontes de energia utilizadas na produção de eletricidade.
Porém, você deve estar se perguntando: o que significa geração compartilhada de energia solar? Qual a diferença dela para o autoconsumo remoto? Quais são os seus benefícios para empreendedores?
É justamente para responder essas e outras perguntas que elaboramos este conteúdo. Então, continue com a gente e saiba mais!
Para explicar o que é geração compartilhada de energia solar, vamos pensar na geração elétrica tradicional. Nessa modalidade, as usinas são responsáveis pela produção de energia, que é então distribuída aos consumidores pelas empresas distribuidoras.
No entanto, essa forma convencional de geração de energia baseia-se frequentemente na queima de combustíveis fósseis, como o carvão, o que resulta na emissão de monóxido de carbono, um gás extremamente nocivo para a saúde humana.
Em contrapartida, a geração compartilhada de energia solar é uma das modalidades da geração distribuída (GD), na qual grupos de consumidores, sejam eles indivíduos ou empresas, se associam por meio de consórcios ou cooperativas para desenvolver um sistema local de geração de energia solar.
Esse sistema é composto por painéis fotovoltaicos e é instalado em um local definido pelos participantes do grupo.
Vale salientar que, nessa modalidade, diversas entidades, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, podem se beneficiar de uma única usina fotovoltaica. Os créditos gerados pela produção de energia são distribuídos e descontados nas contas de luz de todos os participantes.
Conforme mencionado, a geração compartilhada de energia solar faz parte da geração distribuída, assim como o autoconsumo remoto. No entanto, além das modalidades geração compartilhada e autoconsumo remoto, o condomínio solar também está incluído nela.
Você sabia que, segundo informação da Absolar (Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica), a energia solar fotovoltaica é a fonte de energia que mais cresce no mundo?
Devido ao enorme crescimento da geração distribuída, é essencial compreender as três modalidades que compõem o setor. Como é comum haver dúvidas em relação a elas, na sequência, vamos explicar em mais detalhes as duas outras modalidades além da geração compartilhada.
No autoconsumo remoto, o consumo da energia se dá em locais diferentes do local onde a energia é gerada, desde que ambos tenham a titularidade da mesma pessoa jurídica.
Como o nome sugere, a energia fotovoltaica será consumida apenas por uma pessoa jurídica. Em contraste com a geração compartilhada, que permite que diversas entidades, entre pessoas físicas ou jurídicas, se beneficiem de uma única usina, no autoconsumo remoto a energia produzida é utilizada exclusivamente por um único consumidor.
O processo funciona da seguinte forma: a energia produzida em uma usina gera créditos de energia compensados pela distribuidora em unidades consumidoras sob a mesma titularidade.
Esse modelo pode ser particularmente vantajoso para empresários que têm várias filiais e optam por construir uma filial dedicada à produção de energia para abastecer as demais filiais por meio do autoconsumo remoto.
O condomínio solar, também conhecido como fazenda solar, é a outra modalidade que faz parte da geração compartilhada de energia.
Esse empreendimento é projetado para produzir energia elétrica, que é então convertida em créditos de energia. Esses créditos são utilizados para atender às necessidades de energia de diversas entidades situadas na mesma região.
Por exemplo, no contexto do agronegócio, um grupo de fazendeiros pode se unir para investir em um condomínio solar. A energia gerada pode ser aproveitada para atender às necessidades energéticas de suas propriedades rurais, otimizando os custos operacionais e contribuindo para a sustentabilidade do setor.
Conforme mencionado, a geração compartilhada de energia é uma modalidade regulamentada pela ANEEL.
Em 2022, a agência regulamentou a Lei N.º 14.300 visando definir requisitos que garantem que a geração de energia compartilhada seja realizada de forma organizada. Abaixo, fique por dentro desses requisitos.
É necessária a ocorrência de uma reunião de dois ou mais consumidores, sendo eles pessoas físicas ou jurídicas, para participarem do projeto de geração compartilhada.
Os consumidores participantes deverão estar localizados na mesma área de concessão ou permissão da distribuidora de energia elétrica.
Para participar da geração compartilhada, torna-se obrigatória a organização dos consumidores por meio de um consórcio ou uma cooperativa.
O local onde a energia é gerada deve ser diferente daquele no qual a energia excedente será compensada. Isso significa que a energia produzida em um local pode ser utilizada para reduzir o consumo em outro pertencente ao mesmo consumidor ou grupo de consumidores.
É necessária a ocorrência de uma reunião de dois ou mais consumidores, sendo eles pessoas físicas ou jurídicas, para participarem do projeto de geração compartilhada.
Os consumidores participantes deverão estar localizados na mesma área de concessão ou permissão da distribuidora de energia elétrica.
Para participar da geração compartilhada, torna-se obrigatória a organização dos consumidores por meio de um consórcio ou uma cooperativa.
O local onde a energia é gerada deve ser diferente daquele no qual a energia excedente será compensada. Isso significa que a energia produzida em um local pode ser utilizada para reduzir o consumo em outro pertencente ao mesmo consumidor ou grupo de consumidores.
O contrato de geração compartilhada de energia solar oferece diversos benefícios, entre eles a possibilidade de transformar terrenos ociosos em fontes eficazes e sustentáveis de energia. Uma das vantagens mais notáveis dessa modalidade é a rentabilidade do investimento.
O capital necessário para implementar o sistema será pago em poucos anos. E mesmo após a entrada das novas regras da geração distribuída (Lei 14.300/22), o tempo de retorno do investimento de energia solar caiu no Brasil.
Vale ressaltar que a vida útil de um sistema fotovoltaico é de cerca de 25 anos. Portanto, o investimento pode ser amortizado em até 5 anos.
Quando esse período termina, os componentes do sistema podem ser reciclados e usados na produção de novos painéis fotovoltaicos.
Incrível, não é mesmo? E os benefícios não param por aí. Há diversas vantagens da geração compartilhada de energia solar para pequenas e médias empresas (PMEs).
Com a adesão a essa modalidade de geração de energia, as empresas podem reduzir significativamente seus gastos com eletricidade. Segundo levantamento da Absolar, a produção própria de eletricidade pode resultar em uma economia de até 95% na conta de energia das empresas.
Além disso, ao integrarem um projeto de geração compartilhada, os custos relacionados aos materiais e à mão de obra necessários para a distribuição de energia são taxados entre os participantes.
Dessa forma, cada organização que faz parte do projeto tem uma redução significativa nas despesas associadas à distribuição de eletricidade, garantindo muito mais eficiência energética.
As crises energéticas são uma questão recorrente que se refere ao aumento das tarifas de consumo de eletricidade.
Um exemplo claro de empreendedores impactados por pagamentos são os produtores agropecuários, que percebem os efeitos negativos de apagões em seu trabalho.
Nesse contexto, a geração compartilhada de energia solar surge como uma solução altamente benéfica para os empresários, uma vez que diminui a dependência de fontes ocasionais de energia e atenua a incidência de contratempos.
Incentivos fiscais e financiamento
Outros benefícios para as empresas ocorrem por meio de incentivos fiscais e opções de financiamento. Entre os incentivos fiscais, podemos destacar:
Além desses incentivos fiscais, também existem opções de financiamento específicas.
Segundo pesquisa divulgada durante a 37ª edição da APAS SHOW, 95% dos brasileiros dão prioridade para produtos e serviços de empresas que investem em práticas sustentáveis.
Tal dado indica que, além do retorno do investimento em energia solar, a geração compartilhada de energia solar ainda gera ganho de valor patrimonial.
O processo convencional de geração de energia, que frequentemente envolve a queima de carvão, tem efeitos bastante nocivos ao planeta. Esse tipo de geração de energia libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, um dos principais gases do efeito estufa.
Esses gases relacionados ao aumento da temperatura global são conhecidos como aquecimento global.
Ao migrar para a geração compartilhada de energia solar, as empresas passam a adotar uma fonte de energias renováveis. Além disso, a geração de energia solar não emite gases do efeito estufa nem outros poluentes atmosféricos, o que contribui significativamente para a redução dessas emissões e para a melhoria da qualidade do ar.
Portanto, ao optar pela geração compartilhada de energia solar, a empresa não apenas controla seus custos operacionais e melhora sua eficiência energética, como também demonstra um compromisso claro com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável.
Como você pode perceber, a geração compartilhada de energia solar oferece uma série de vantagens para as empresas. A EDP tem usinas solares prontas para fornecer energia para sua empresa, e a melhor parte é que você não terá custos iniciais!
Isso mesmo! Nossos especialistas avaliam as necessidades de energia da sua empresa e estabelecem uma conexão remota com a usina no modelo de locação. Ao final de cada mês, você poderá usufruir de descontos de até 20% na tarifa de energia.
Temos mais de 20 anos no setor de energia brasileiro e somos referência em questões de ESG — sigla para Environmental, Social and Governance e que engloba ações voltadas para a preservação ambiental, o desenvolvimento social e a governança corporativa —, ocupando a 1º posição no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 — sigla para a bolsa brasileira que significa Brasil, Bolsa, Balcão.
Então, o que você está esperando para reduzir os custos da sua empresa agora mesmo? Explore as soluções de energia solar e compartilhada que a EDP oferece para promover o desenvolvimento sustentável do seu negócio!
Verena Greco é Gerente Operacional na EDP Brasil. Ela é graduada em Engenharia de Energia pela PUC Minas e em Engenharia de Energia Renovável pela Hochschule Schmalkalden – University of Applied Sciences e tem MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec. Verena Greco escreve sobre Energia Solar.
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