O desenvolvimento sustentável é um conjunto de práticas que visa combinar o crescimento econômico e social com a preservação ambiental. Ao mesmo tempo em que essas ações pretendem colaborar para a melhora na qualidade de vida da população, também buscam encontrar formas para evitar a degradação da natureza e alimentar o progresso de pessoas, empresas, instituições e países.
Desde 2015, o Brasil é um dos 193 Estados comprometidos com a ampliação do desenvolvimento sustentável. O cumprimento desses objetivos não depende somente de ações governamentais, mas também da adoção de atitudes sustentáveis por parte de corporações e organizações.
Sendo assim, para que essa meta seja atingida, é necessário que tanto os empresários como as comunidades esclareçam suas dúvidas sobre o que é desenvolvimento sustentável e como ele pode ser vantajoso para o planeta e para a economia.
Pensando nisso, criamos este conteúdo completo esclarecendo as principais questões sobre o tema e explicando como adotar os princípios desse modo de vida no dia a dia. Continue a leitura e confira também uma sessão especial sobre desenvolvimento sustentável: exemplos para colocar em prática em sua empresa.
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu no final da década de 1980, apresentado em um relatório pela então presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU), Gro Harlem Brundtland.
No documento, o termo era definido como a capacidade de “suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades”.
Em outras palavras, promover o desenvolvimento sustentável significa buscar meios e realizar ações que permitam o crescimento e o progresso da sociedade, ao mesmo tempo em que preservam a vida viável no planeta para as próximas gerações.
O desenvolvimento sustentável é composto por três pilares que se complementam e sugerem quais são as esferas a que devemos ter atenção para aplicar as ideias de forma efetiva. São eles: o pilar econômico, o ambiental e o social.
A esfera econômica diz respeito às ações que impulsionam o crescimento financeiro de uma empresa, região ou sistema sem comprometer a natureza ou a qualidade de vida da população, garantindo a preservação dos recursos naturais e a conservação do meio ambiente.
O segundo tópico é o ambiental. Esse pilar evoca o cuidado com os ecossistemas durante os processos produtivos, como o uso consciente de energias, a economia de água e a redução na emissão de gases poluentes.
Por fim, o terceiro membro do tripé do desenvolvimento sustentável é o social. Os objetivos incluem promover a melhora da qualidade de vida da população, incluindo, por exemplo, um maior diálogo entre as corporações e a sociedade, condições saudáveis de trabalho, inclusão social e diversidade, além de análises sobre o impacto da empresa no ambiente ao redor.
Em 2015, a ONU dividiu os pilares do desenvolvimento sustentável em 17 objetivos, os ODS, como parte de um plano de ação global adotado por todos os 193 Estados filiados à ONU (inclusive o Brasil) para alcançar um futuro mais sustentável e inclusivo até 2030.
A sigla, que significa Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, abrange metas para equilibrar as três dimensões do desenvolvimento sustentável e promover ações que beneficiem a preservação ecológica e o crescimento social e econômico.
Segundo o site das Nações Unidas no Brasil, os 17 objetivos presentes na Agenda de ODS da ONU são:
Além de ser uma responsabilidade social para cumprir os objetivos definidos pela ONU e promover o aumento da qualidade de vida no planeta, aderir às metas do desenvolvimento sustentável oferece uma série de benefícios práticos para as empresas. Entre eles, se destacam os que seguem.
A superexploração desenfreada dos recursos naturais tende a criar um cenário de escassez de matérias-primas, o que pode representar um desafio para o crescimento dos empreendimentos e para sua expansão no mercado.
Nesse contexto, abraçar práticas sustentáveis desde já para alimentar os mecanismos de produção pode ser o caminho para preparar os processos da empresa para os desafios do presente e do futuro, permitindo uma expansão saudável e equilibrada do negócio e garantindo a continuidade das operações em longo prazo.
Alinhar as práticas da empresa aos objetivos do desenvolvimento sustentável é também impulsionar o crescimento da sociedade que se relaciona e consome os produtos da empresa.
Isso pode funcionar como um plano em longo prazo para permitir um crescimento do poder econômico e da qualidade de vida dessa população, o que, por sua vez, reflete na prosperidade da produção e das vendas.
Encontrar alternativas para diminuir os gastos de luz e água, além de investir em fontes de energia limpa, por exemplo, pode reduzir os custos finais da produção. Essas ações impactam positivamente não só o orçamento da empresa, mas também beneficiam, indiretamente, gerações atuais e futuras, tornando a empresa mais preparada e integrada com as necessidades da comunidade.
Adotar práticas alinhadas ao desenvolvimento sustentável não precisa ser um processo custoso e radical. Pequenas mudanças podem causar grandes impactos e, aos poucos, é possível nivelar as necessidades e os princípios da empresa com os ODS.
Proteger o meio ambiente do descarte incorreto de lixo é um passo essencial para o desenvolvimento sustentável, já que isso impacta em metas como preservar a vida, possibilitar o acesso à água e ao saneamento, promover a saúde e o bem-estar, entre outros.
Ações como instaurar uma política de coleta seletiva — incluindo postos para descarte de papel, plástico, vidro, metal e materiais orgânicos, por exemplo —, assim como implantar estações para recolher lixo eletrônico, lixo hospitalar ou itens infectados são de extrema importância para aplicar os ODS em uma empresa.
Fazer escolhas conscientes na hora de consumir faz parte da transição para um processo produtivo mais sustentável. O simples ato de trocar copos descartáveis de plástico por versões de papel ou canecas de cerâmica ajuda a reduzir o acúmulo de lixo no planeta e diminui a demanda por recursos não renováveis (que são a base para a fabricação do plástico).
Evitar o desperdício de água e de energia é outra atitude favorável para a empresa e para a vida na Terra. É possível captar e reaproveitar a água da chuva, instalar lâmpadas e torneiras automáticas que desligam quando não estão sendo utilizadas e trocar as lâmpadas convencionais por modelos LED.
Outra possibilidade é substituir processos que usam fontes poluentes e não renováveis de energia, como o petróleo e o gás natural, por gerações limpas e sustentáveis. Optar por uma frota de carros elétricos em vez de modelos à gasolina ou escolher máquinas que funcionam com energia hidráulica em vez de carvão são algumas das soluções possíveis.
Um dos objetivos de desenvolvimento definidos pela ONU é viabilizar uma energia sustentável, limpa e acessível. No Brasil, a energia solar é uma das grandes promessas no setor, já que está em constante crescimento, com custos cada vez menores e investimentos em grande e pequena escala.
A energia solar possibilita atender aos três pilares do desenvolvimento sustentável. Além de não emitir poluentes e causar pouco impacto ambiental, no âmbito social essa fonte permite que a luz chegue até regiões onde as concessionárias tradicionais não costumam chegar, ampliando o acesso à energia.
Já na esfera econômica, ela pode ajudar a reduzir até 95% na conta de luz, favorecendo um melhor aproveitamento das rendas geradas.
Aplicar os ODS na rotina da empresa é um compromisso com a sociedade, com o planeta, com o presente e com o futuro da produção. Ao trilhar esse caminho, a empresa se posiciona como um agente de mudança positiva, contribuindo para um mundo mais justo, sustentável e inclusivo.
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Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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