Existem dois tipos de reflorestamento, que trazem benefícios tanto econômicos quanto ecológicos. Entenda essa prática e seu impacto no meio ambiente.
Você já pensou no tamanho da pegada de carbono da sua empresa, ou seja, o quanto de poluição ela gera para a atmosfera diariamente? E você sabia que essa realidade pode ser recompensada com uma política que pode ser implementada no DNA do seu negócio? Estamos falando sobre o reflorestamento, uma ação que pode salvar o planeta!
Segundo o Relatório Anual de Desmatamento (RAD2022), em 2022 o desmatamento no Brasil cresceu 22,3% em relação a 2021. Isso representa a destruição de mais de 2milhões de hectares de mata nativa, sendo a Amazônia e o Cerrado os biomas mais atingidos.
Mas o que a sua empresa pode fazer para reverter esses dados alarmantes? Como você pode agir a favor da sustentabilidade ambiental e contra as mudanças climáticas, que são uma ameaça à vida na Terra?
Neste artigo, vamos explicar como o reflorestamento pode ser uma opção viável para o seu negócio. Então, continue com a gente e faça uma boa leitura!
Reflorestamento é uma medida socioambiental que visa replantar áreas de florestas e vegetação nativa que foram desmatadas pela ação do homem. Com a ajuda de Organizações Não Governamentais (ONGs), do Governo e de populações locais, é possível reflorestar espaços que foram devastados pelo garimpo, grilagem e outros desastres.
E como funciona o reflorestamento? Bem, para recuperar uma área desmatada, é necessário estudar as suas características e entender quais são as suas necessidades. Precisa-se considerar, principalmente, o tipo de solo e o clima presente na região.
Por isso, o mais recomendado é utilizar espécies nativas, que estão acostumadas com a geografia e com o clima da área. Isso é bastante incentivado, já que muitas plantas originárias de locais com desmatamento são ameaçadas de extinção. Um exemplo é a araucária, originária da Região Sul do Brasil.
O reflorestamento é importante porque as florestas são os principais “aspiradores” do gás carbônico (CO2) da atmosfera. Além disso, a vegetação replantada ajuda a preservar os principais biomas brasileiros, constantemente ameaçados pela ação do homem.
Abaixo, conheça um pouco mais sobre a importância do reflorestamento.
A flora é muito conhecida pelo seu poder de fotossíntese, ou seja, as plantas absorvem o gás carbônico (CO2) da atmosfera e liberam o oxigênio (O2), que é muito importante para a respiração de todos os seres vivos do planeta, sejam eles seres humanos ou animais.
Esse processo também é conhecido como “ciclo natural do carbono”, já que as plantas utilizam essa substância e a transformam em glicose (C6H12O6), que é utilizada como uma fonte de crescimento.
Durante a fotossíntese, as células das plantas absorvem as moléculas de gás carbônico e água. Com a ajuda da luz solar, elas transformam as substâncias em glicose, água e oxigênio, que é liberado para a atmosfera.
O aquecimento global é um fato que tira o sono de muitos cientistas. Ele representa o aumento da temperatura da Terra, evento que acarreta o derretimento de calotas polares, elevando o nível dos oceanos e ameaçando inúmeras populações que moram no litoral.
Além disso, o aquecimento global pode aumentar o número de desastres climáticos, como queimadas e tsunamis.
Mas qual a ligação das florestas e do reflorestamento com o aquecimento global? De acordo com o World Wide Fund for Nature (WWF), o gás carbônico (CO2) representa mais de 70% de todos os gases do efeito estufa (GEE), que são responsáveis pelo aquecimento global.
O aumento considerável da emissão do gás carbônico constitui um grande perigo para a vida na Terra, o que recebe uma camada a mais de preocupação com os altos níveis de desmatamento.
A Mata Atlântica é um dos grandes biomas brasileiros. Infelizmente, com a ação do homem, quase 90% da sua área foi desmatada. Com isso, muitas espécies perderam seu habitat. Mas você já ouviu falar sobre o projeto SOS Mata Atlântica?
A ação da fundação gerou muitos frutos. Hoje, depois de quase 30 anos, o SOS Mata Atlântica já plantou 42 milhões de árvores nativas. Isso representa mais de 23 mil hectares de área reflorestada.
O reflorestamento não evita apenas o desaparecimento de mudas de árvores e outras plantas. Junto às florestas, existe uma rica vida animal, na qual muitas espécies ainda não são conhecidas e catalogadas pelos seres humanos.
Portanto, a preservação da flora natural e o reflorestamento ajudam a prevenir a extinção de muitos animais, que são mortos no processo de desmatamento ou saem das matas para as cidades.
Existem dois tipos de reflorestamento: para fins ecológicos, cujo objetivo é recuperar áreas desmatadas, e para fins comerciais, que visa ao lucro sem detrimento do meio ambiente. Embora tenham objetivos diferentes, eles contam com a mesma preocupação: a sustentabilidade.
Quer entender qual tipo de reflorestamento faz mais sentido para o seu modelo de negócio? Então, acompanhe as diferenças entre os esforços para recuperar as matas nativas de regiões desmatadas!
O reflorestamento para fins ecológicos é um esforço para restaurar áreas desmatadas. Desse jeito, empresas, ONGs, entidades governamentais e comunidades locais fazem um esforço para recuperar a fauna e flora natural da região, restabelecendo o equilíbrio ecológico que existia antes do desmatamento.
A plantação de florestas para fins ecológicos pode, também, ser uma medida utilizada por empresas para compensar as suas pegadas de carbono.
Mas o que são “pegadas de carbono”? Essa é uma estimativa que serve para analisar o quanto uma pessoa ou empresa libera de gases do efeito estufa na atmosfera, seja direta ou indiretamente, todos os dias.
Pense no funcionamento de uma empresa: extração da matéria-prima, transporte, fabricação dos produtos e locomoção para os centros de venda. Tudo isso gera, diretamente, poluição. Mas não podemos esquecer da energia consumida pelo maquinário, que também produz, indiretamente, resíduos de gases poluentes.
Então, a maioria das empresas gera uma grande pegada de carbono diariamente. Por isso, muitos negócios procuram equilibrar a poluição produzida com o reflorestamento, que aumenta a absorção do gás carbônico e, assim, diminui a quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera.
Por sua vez, o reflorestamento para fins comerciais é muito praticado por empresas madeireiras, ou seja, para suprir a demanda nacional e internacional, o mercado de madeira cria verdadeiras florestas que servem para serem extraídas e, assim, comercializadas.
O mogno africano, o pinus e o eucalipto são exemplos de árvores usadas para esse fim. O reflorestamento comercial é uma opção para venda de madeira legalizada, que evita o desmatamento de outras florestas protegidas pelo Estado.
Mas como funciona o plantio de florestas para fins comerciais? Simples: as madeireiras fazem o plantio de mudas em um terreno e, após o amadurecimento das árvores, as derrubam e comercializam a madeira reflorestada. Depois, o processo é iniciado novamente.
Para manter uma produção constante de madeira de reflorestamento, muitas empresas têm diversas “fazendas” para o fim de comercialização. Essa ação impede que, por exemplo, a Amazônia ou a Mata Atlântica sejam desmatadas por madeireiras.
As empresas podem incentivar o reflorestamento por meio do apoio a projetos de plantio de árvores, sejam eles locais, regionais ou nacionais. Com esse suporte financeiro, entidades ecológicas podem empregar maiores esforços para a proteção do meio ambiente.
Para isso, procure iniciativas sustentáveis perto da sua empresa. E lembre-se: ajudando a sua região, você também está auxiliando o planeta!
Outra maneira das empresas incentivarem o reflorestamento é trazer essa pauta para o seu corpo de funcionários e clientes. Ao transformar a sustentabilidade em uma cultura empresarial, seu negócio evita parceiros que prejudicam o meio ambiente.
O reflorestamento é uma ótima iniciativa para que empresas se adaptem à nova realidade do planeta e ajudem a manter o meio ambiente protegido e seguro. Afinal de contas, o tempo de agir é agora!
No entanto, existem algumas empresas que já nasceram com o DNA da sustentabilidade. É o caso da EDP, que conta com mais de 20 anos de atuação no setor de energia solar brasileiro. Nosso objetivo? Levar energia limpa para milhões de brasileiros com muita tecnologia e inovação.
Com os serviços da EDP, você pode entrar no Mercado Livre de Energia, em que economia e sustentabilidade andam de mãos dadas. Conheça mais sobre nossa cultura e nossos serviços!
Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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