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Um relatório ESG (Environmental, Social, and Governance) é um documento indispensável para empresas que buscam demonstrar o seu compromisso com a sustentabilidade e a governança corporativa. Mais do que um requisito para investidores, ele se tornou um diferencial competitivo, ajudando organizações a atrair capital, melhorar a sua reputação e identificar oportunidades de eficiência operacional.
Se você está em busca de entender o que é um relatório ESG, como estruturá-lo da melhor forma e quais métricas priorizar, este guia oferece um caminho claro para desenvolver um documento estratégico e impactante. Acompanhe a leitura e aprenda!
O relatório ESG apresenta o desempenho de uma empresa em três dimensões críticas da sustentabilidade corporativa. Diferentemente dos relatórios financeiros tradicionais, que focam exclusivamente em resultados econômicos, este modelo oferece uma visão holística do impacto organizacional.
Esta ferramenta de gestão consolida e comunica o desempenho de uma empresa nos três pilares da sustentabilidade:
Ambiental (Environmental): como a empresa gerencia o seu impacto no meio ambiente, incluindo emissões de carbono, eficiência energética e gestão de resíduos;
Social (Social): abrange políticas de diversidade, equidade, saúde e segurança no trabalho, além do relacionamento com comunidades e stakeholders;
Governança (Governance): refere-se à ética corporativa, transparência na gestão, compliance e estrutura do conselho administrativo.
A demanda por transparência nas práticas relacionadas ao ESG tem crescido exponencialmente. Investidores institucionais, fundos de pensão e gestores de ativos estão cada vez mais utilizando esses relatórios como critério decisivo para alocação de recursos.
Empresas com relatórios ESG bem estruturados conseguem demonstrar melhor gestão de riscos operacionais e reputacionais, além de maior resiliência frente a mudanças regulatórias e alinhamento com as expectativas de consumidores conscientes.
Um relatório de ESG bem elaborado segue uma estrutura lógica:
Contexto estratégico: alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e metas corporativas;
Governança ESG: como a sustentabilidade está integrada à gestão;
Indicadores de desempenho: métricas quantitativas nos três pilares;
Casos de sucesso: projetos e iniciativas relevantes.
Na análise de relatório ESG, especialistas verificam principalmente a consistência dos dados reportados, a comparabilidade com padrões internacionais, o progresso em relação a metas e períodos anteriores e a gestão de riscos e oportunidades.
Elaborar um bom relatório ESG exige planejamento, metodologia e transparência. Além de atender as regulamentações e expectativas do mercado, ele deve ser um instrumento estratégico para a empresa, demonstrando o seu compromisso com a sustentabilidade e a governança. A seguir, apresentamos os principais passos para estruturar um documento completo e confiável:
O primeiro passo é definir quais temas ESG são mais relevantes para o setor de atuação e os principais stakeholders da empresa. Isso é feito por meio de uma análise de materialidade, que identifica os impactos ambientais, sociais e de governança mais significativos para o negócio e seus públicos de interesse.
Uma materialidade bem conduzida permite priorizar os temas certos, evitando informações dispersas e assegurando que o relatório traga valor estratégico.
A etapa de coleta de dados deve envolver diferentes áreas da empresa, garantindo informações precisas e consistentes. O uso de sistemas de gestão integrados pode automatizar parte desse processo para facilitar a mensuração de indicadores ESG.
Além disso, também é essencial adotar metodologias padronizadas para coleta e análise, especialmente em métricas complexas, como emissões de carbono indiretas (escopo 3) e impacto social de projetos comunitários.
A escolha do framework certo auxilia para que o relatório ESG seja comparável, confiável e alinhado às melhores práticas do mercado. Alguns dos principais padrões incluem:
GRI (Global Reporting Initiative): o mais amplamente adotado, com diretrizes detalhadas para diversos setores;
SASB (Sustainability Accounting Standards Board): tem foco na materialidade financeira, ajudando a conectar ESG à performance econômica da empresa;
TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures): especializado em riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas, cada vez mais exigido por investidores.
A escolha do framework deve considerar os requisitos regulatórios, o perfil dos investidores e as necessidades dos stakeholders da empresa.
Um relatório ESG não deve ser apenas um documento técnico, mas sim uma ferramenta de transparência e engajamento. Para torná-lo acessível, é recomendável utilizar recursos visuais, segmentar a comunicação através de versões resumidas para diferentes públicos e incluir feedback dos stakeholders.
A elaboração de um relatório ESG exige a definição de métricas claras e mensuráveis para demonstrar transparência e atender às expectativas de investidores, reguladores e demais stakeholders. Conheça abaixo os principais indicadores ESG que devem fazer parte do relatório:
Os indicadores ambientais refletem o impacto das operações da empresa no meio ambiente. Entre os principais estão:
Emissões de carbono (Escopo 1, 2 e 3): mede a pegada de carbono da empresa, considerando emissões diretas (Escopo 1), emissões indiretas provenientes da eletricidade adquirida (Escopo 2) e emissões indiretas na cadeia de valor (Escopo 3). Empresas que monitoram esses dados podem adotar estratégias mais eficientes para reduzir a sua pegada ambiental;
Consumo de energia renovável: representa a porcentagem de energia proveniente de fontes limpas, como solar, eólica e hidrelétrica. Esse indicador é fundamental para organizações que buscam mitigar impactos climáticos e atender a metas globais de descarbonização;
Gestão de resíduos e uso de água: avalia práticas de eficiência no consumo de recursos, incluindo taxas de reciclagem, reaproveitamento de insumos e redução no uso de água potável. Programas de economia circular e de reuso da água são estratégias valorizadas pelos investidores.
Os indicadores sociais medem o impacto da empresa nas pessoas, tanto dentro quanto fora da organização.
A diversidade e inclusão analisa a representatividade de grupos historicamente sub-representados, como mulheres, pessoas negras e PCDs (pessoas com deficiência) em diferentes níveis hierárquicos, principalmente em cargos de liderança. Empresas com equipes diversas tendem a ser mais inovadoras e resilientes;
Já a segurança no trabalho mede a taxa de acidentes laborais, número de afastamentos e investimentos em treinamentos de segurança. Manter um ambiente de trabalho seguro e saudável é essencial para a retenção de talentos e para evitar passivos trabalhistas;
O impacto comunitário avalia a contribuição da empresa para o desenvolvimento social por meio de programas comunitários, parcerias locais, projetos educacionais e ações de voluntariado corporativo. Esse indicador fortalece o relacionamento com a sociedade e pode gerar valor para a marca.
A governança corporativa é outro pilar fundamental para garantir a transparência e a integridade dos processos internos. Os principais indicadores dessa dimensão incluem:
Composição do conselho de administração: examina a independência e diversidade do conselho, garantindo a presença de membros externos e profissionais com diferentes formações e experiências. Conselhos diversos tendem a tomar decisões mais equilibradas e estratégicas;
Políticas anticorrupção: verifica a existência de códigos de conduta, canais de denúncia e treinamentos para prevenir fraudes e corrupção. Empresas com políticas robustas de compliance diminuem os riscos operacionais e fortalecem a sua reputação no mercado;
Transparência fiscal: mede o alinhamento da empresa às melhores práticas de disclosure financeiro, incluindo a publicação clara e acessível de balanços e relatórios contábeis. Esse indicador é essencial para a confiança de investidores e órgãos reguladores.
Destaque: a pontuação no relatório ESG depende da qualidade e abrangência desses indicadores, então foque em métricas setoriais relevantes no seu report.
O cenário brasileiro apresenta características únicas na adoção de práticas ESG. Por um lado, temos empresas líderes globais em sustentabilidade, por outro, muitas organizações ainda estão dando os primeiros passos nessa jornada.
A B3 tem desempenhado papel importante nesse processo, com o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) servindo como referência para as companhias listadas. No entanto, os desafios persistem, principalmente para médias empresas que precisam estruturar os seus processos de coleta e reporte de informações.
A falta de padronização nas metodologias de mensuração é um obstáculo frequente. Muitas empresas enfrentam dificuldades para comparar o seu desempenho com benchmarks do setor. Outro desafio significativo é a integração entre áreas distintas da organização, como sustentabilidade, finanças e operações.
Para tentar superar essas barreiras, é essencial investir na capacitação das equipes internas, adotar ferramentas tecnológicas que facilitem a gestão de dados e estabelecer parcerias com especialistas externos quando necessário.
Embora relacionados, esses documentos possuem focos distintos. O relatório sobre ESG tem abordagem mais estratégica e financeira, conectando as práticas sustentáveis com a criação de valor para o negócio. Já o relatório de sustentabilidade tradicional tende a ser mais descritivo sobre as iniciativas implementadas.
Inicialmente adotado por grandes corporações e empresas de capital aberto, este relatório vem se tornando relevante também para médias empresas, especialmente aquelas que fazem parte da cadeia de fornecedores de multinacionais ou buscam acessar linhas de crédito sustentáveis.
A credibilidade depende de três fatores principais: a adoção de metodologias reconhecidas, a verificação por terceiras partes independentes e a transparência na divulgação tanto dos sucessos quanto dos desafios enfrentados.
Atualmente, não há uma exigência legal universal para todas as empresas no Brasil. No entanto, órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), já impõem regras para companhias de capital aberto. Além disso, setores específicos e empresas que buscam financiamentos sustentáveis podem ser solicitadas a apresentar esse relatório.
Elaborar um relatório ESG de qualidade vai além do cumprimento de obrigações. Trata-se de uma oportunidade para a sua empresa identificar pontos de melhoria em suas operações, estreitar relacionamento com investidores e outros stakeholders e se posicionar como referência em sustentabilidade no seu segmento.
Para organizações que buscam alinhar eficiência energética com resultados financeiros, a jornada ESG pode começar com um diagnóstico preciso de suas oportunidades de melhoria. Conheça o simulador de economia EDP para descobrir como a sua empresa pode otimizar os recursos energéticos.
Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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