Trocar os veículos tradicionais da sua empresa por uma frota elétrica pode resultar em muitos benefícios, tanto econômicos quanto para o meio ambiente. Entretanto, muitos empresários apresentam dúvidas sobre as vantagens dessa mudança, como qual é a autonomia média de um carro elétrico e por que investir nessa modernidade.
Essa é uma pergunta muito interessante — afinal de contas, o brasileiro está acostumado a calcular a quantidade de gasolina gasta por quilômetros rodados. Mas o que acontece quando substituímos o combustível fóssil pela eletricidade?
Por fim, os veículos elétricos têm grande autonomia? Ou ficamos reféns dos eletropostos assim como nossos celulares necessitam dos carregadores? As respostas para essas e outras perguntas estão neste artigo. Então, continue com a gente e faça uma boa leitura!
Os principais tipos de veículos elétricos são: carro híbrido (HEV), carro elétrico a bateria (BEV), carro elétrico de autonomia prolongada (REEV) e carro elétrico a célula de combustível (PCEV).
A principal diferença entre os veículos elétricos é a utilização da eletricidade para locomoção. Alguns modelos ainda utilizam uma certa quantidade de combustíveis fósseis em seus motores, enquanto outros carros são 100% elétricos, dispensando o abastecimento de gasolina ou álcool.
Na sequência, confira algumas características dos principais tipos de veículos elétricos que são vendidos no Brasil.
O carro híbrido foi um dos primeiros modelos de veículos elétricos a chegar nas concessionárias. Afinal, ele é um “meio termo” entre os automóveis tradicionais, que utilizam combustíveis fósseis, e os movidos a eletricidade.
A principal força de locomoção desses carros é a combustão de gasolina, diesel ou álcool. Entretanto, a bateria traz mais eficiência para o motor, além de ajudar na economia de combustíveis fósseis.
Geralmente, a bateria tem cerca de 2 kWh de potência e capacidade de ser recarregada durante as frenagens. Ela alimenta os principais acessórios do veículo, como o ar-condicionado. Assim, o motor não fica sobrecarregado.
Existem dois modelos dentro da categoria de carro híbrido. São os que seguem.
Conhecido também como Mild Hybrid Electric Vehicle, esse automóvel utiliza uma bateria e um gerador elétrico para ajudar em diversas funções, como ligar o motor de combustão e outros acessórios do carro. Esse modelo também ajuda a diminuir os gastos com combustível fóssil.
Esse carro híbrido conta com dois motores: um elétrico e outro convencional. Ele pode percorrer distâncias apenas movido a eletricidade e pode ser reabastecido nos eletropostos.
Para resumir, os carros híbridos podem ser um ótimo começo para quem deseja entrar no mundo da mobilidade elétrica. Embora ainda emitam gases poluentes para a atmosfera, esses veículos diminuem o gasto com combustíveis fósseis, o que já pode ser considerado como um benefício para o meio ambiente.
O modelo de carro elétrico a bateria é movido 100% pela eletricidade, ou seja, ele não conta com um motor de combustão. A potência da bateria pode chegar até 100 kWh e algumas chapas apresentam capacidade de frenagem regenerativa.
A partir desse momento, esqueça as paradinhas em postos de gasolina. Esses automóveis são carregados em eletropostos ou por carregadores portáteis. Além disso, não produzem gases do efeito estufa.
Você pode estar se perguntando: “e se o meu veículo elétrico ficar sem bateria no meio da estrada durante uma viagem de serviço?”. Bem, os carros elétricos de autonomia prolongada (REEV) contam com a vantagem de conter um motor a combustão, que é utilizado para gerar eletricidade para o motor elétrico.
Isso significa que o combustível não é utilizado para mover o veículo, mas para proporcionar mais energia para a bateria. Desse jeito, o carro consegue percorrer uma certa distância até chegar ao eletroposto mais próximo.
Os carros elétricos movidos à célula de combustível utilizam hidrogênio líquido para gerar eletricidade. Eles funcionam como automóveis comuns, ou seja, com gasolina, mas a combinação entre o hidrogênio e o ar produz energia e libera água para a atmosfera. Portanto, eles também não são poluentes.
A autonomia média de um carro elétrico varia de 100 até 500 quilômetros rodados com apenas uma recarga da bateria. Esse número pode variar de acordo com o modelo e o estilo do carro.
No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) definiu uma nova fórmula para calcular qual é a autonomia média de um carro elétrico. Desse jeito, é possível providenciar um valor mais próximo da realidade que os veículos vão enfrentar nas estradas brasileiras.
A autonomia média dos carros elétricos a bateria pode ser de 100 a 400 quilômetros rodados inteiramente por eletricidade, ou seja, antes de solicitar o recarregamento da bateria.
Os carros elétricos de autonomia prolongada, como o próprio nome já denuncia, conseguem percorrer maiores distâncias com apenas uma carga. Algumas montadoras indicam que eles podem rodar até 450 quilômetros sem a necessidade de recarga.
A autonomia dos carros elétricos a célula de combustível pode chegar a mais de 500 quilômetros. Ao contrário dos outros modelos movidos inteiramente por eletricidade, esse automóvel só recebe novas cargas em estações de recarga de hidrogênio.
A autonomia dos carros híbridos no modo elétrico pode variar de acordo com o tipo de automóvel. O único que consegue se locomover com eletricidade é o carro híbrido plug-in (PHEV), e sua autonomia pode ser de até 100 quilômetros apenas com a bateria.
Por outro lado, a bateria dos automóveis híbridos permite que eles rodem distâncias maiores com combustível quando comparamos com carros tradicionais. Alguns veículos podem se mover por mais de 400 quilômetros com o tanque cheio.
Entre alguns dos fatores internos e externos que influenciam a autonomia do carro elétrico, podemos destacar:
Isso também acontece com os automóveis movidos por combustão, mas esses modelos não soltam gases poluentes, o que diminui a pegada de carbono do veículo e, paralelamente, da sua empresa.
Mas então isso significa que, com o passar dos anos, a bateria dos carros elétricos fica “viciada”? Não! Seja para mantê-los em movimento ou ao mandá-los para a manutenção, os veículos movidos por eletricidade são mais em conta e poluem menos do que os automóveis tradicionais.
No entanto, não custa conferir alguns cuidados para não sobrecarregar o motor do seu carro. Abaixo, saiba mais detalhes sobre os fatores que influenciam a autonomia do carro elétrico.
Se o motorista tem uma direção mais ofensiva, geralmente abusando do limite de velocidade das estradas, ele estará gastando mais bateria do carro. Além disso, caso haja necessidade de frear, uma frenagem violenta também pode prejudicar a bateria.
A lógica é simples: quanto mais pesado o carro estiver, mais força o veículo precisa fazer para andar. Portanto, um automóvel muito pesado pode descarregar a bateria mais rapidamente.
Todo mundo que dirige já teve que pisar no acelerador para subir uma rampa muito íngreme. Isso também acontece com os carros elétricos e acaba consumindo mais eletricidade das baterias.
O ar-condicionado já é um conhecido vilão da autonomia dos veículos de combustão, e isso também é uma realidade em automóveis elétricos.
Como você viu, muitos dos fatores que impactam a autonomia do carro elétrico também podem impactar negativamente os motores dos automóveis movidos a gasolina, diesel ou álcool. Por isso, os veículos elétricos continuam sendo uma vantagem para a receita da sua empresa e para o meio ambiente.
Ao longo deste texto, explicamos qual é a autonomia média de um carro elétrico e conseguimos perceber como os veículos movidos por eletricidade podem ser bons substitutos da sua frota movida por combustíveis poluentes.
A EDP é uma empresa que acredita na sustentabilidade. Por isso, oferece soluções modernas e sem impacto ambiental, diminuindo a pegada de carbono produzida pela sua empresa.
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Newmar Spader é Gestor Operacional de Mobilidade Elétrica da EDP Brasil, respondendo pelas equipes do comercial, engenharia, execução e O&M da área. Ele é graduado em engenharia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e tem pós-graduação em Gestão da Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Gestão de Projetos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Newmar Spader escreve sobre Mobilidade Elétrica.
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