Nosso planeta é cercado por um escudo protetor de diversas camadas gasosas que compõem a atmosfera. Em um dos níveis mais próximos da Terra, existe uma película especial: a famosa camada de ozônio.
Apesar de seu papel fundamental, a camada de ozônio vem sendo danificada há anos. Atividades humanas e gases tóxicos têm colocado em risco o funcionamento desse sistema protetor, e esforços internacionais têm sido feitos para evitar o avanço dessa destruição.
Continue a leitura e descubra tudo sobre a camada de ozônio — o que a destrói, por que ela é tão importante, panorama atual e mais.
Ao redor do planeta Terra, entre aproximadamente 20 km e 35 km de altitude, há uma camada composta por uma grande concentração do gás ozônio. Essa película protetora é conhecida como camada de ozônio, sendo uma das várias partes que constituem a atmosfera terrestre.
Ela funciona como uma peneira e é responsável por filtrar parte da radiação nociva que viaja do Sol até o nosso planeta e que pode causar potenciais danos às pessoas, como problemas de visão, envelhecimento precoce e até mesmo o desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
Os níveis de radiação que passam através da camada de ozônio são importantes para o crescimento de plantas e para o desenvolvimento da vida humana, por exemplo, mas desbalanços nessas quantidades podem ter sérias consequências.
A exposição do ozônio à radiação causa a decomposição desse gás em duas partes que podem, depois, se unir novamente e formar mais ozônio, fechando um ciclo equilibrado e já bem estabelecido.
No entanto, desde a década de 1970 sabe-se que a velocidade de destruição da camada de ozônio está maior do que sua capacidade natural de recomposição. Isso ocasionou a formação de buracos e a diminuição da proteção terrestre.
A destruição acelerada da camada de gás ozônio acontece devido à liberação de gases prejudiciais provenientes das atividades humanas, as chamadas substâncias halogenadas. Depois de emitidas, elas permanecem conosco por longos períodos (até 100 anos) e, quando sobem para perto da atmosfera, sofrem a ação da radiação e liberam radicais livres que destroem o ozônio.
Exemplos de substâncias halogenadas são aquelas que contêm cloro, flúor ou bromo, amplamente usados em refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e aerossóis como agentes propulsores.
As altas emissões de materiais nocivos colocaram em risco o escudo protetor da Terra. Desde o século passado, sabe-se que essa camada está sofrendo com as atividades humanas e a quantidade de ozônio está diminuindo.
Felizmente, algumas medidas já vêm sendo tomadas para remediar a situação, como a substituição de substâncias nocivas por outros tipos de materiais que realizam as mesmas funções, mas não colaboram para a destruição da camada de ozônio nem para o aquecimento global.
O buraco na camada de ozônio é caracterizado pela drástica diminuição na quantidade desse gás presente na atmosfera, principalmente na região da Antártica, e é uma preocupação ambiental significativa, pois permite que mais radiação nociva atinja a superfície da Terra.
Com índices mais altos de radiação no planeta, a saúde humana pode ser prejudicada com um aumento nas taxas de câncer de pele, cataratas e enfraquecimento do sistema imunológico, por exemplo.
A exposição prolongada à radiação prejudicial também pode afetar a vida animal na terra e no mar, causando deficiências no desenvolvimento dos organismos e desequilíbrios nos ecossistemas. Combater esse problema, portanto, exige esforços internacionais e ininterruptos.
No fim da década de 1980, após a identificação das substâncias que estavam prejudicando a camada de ozônio, 46 países assinaram um tratado internacional que visava reduzir a emissão das substâncias que destroem o ozônio atmosférico.
Desde então, gradualmente esses materiais têm sido substituídos e eliminados, favorecendo a recuperação da película protetora e a desaceleração de sua destruição.
Segundo informações publicadas no site da Organização das Nações Unidas, a ONU, quase 99% das substâncias destrutivas já foram eliminadas e, se as políticas adotadas forem mantidas e respeitadas, a previsão é que a recuperação atinja níveis satisfatórios até o ano de 2040.
Ainda de acordo com as informações da matéria, regiões mais afetadas, como o Ártico e a Antártica, podem precisar de mais tempo. Nesses locais, espera-se que a cobertura da camada de ozônio seja recuperada até 2045 e 2066, respectivamente.
Com o sucesso do Protocolo de Montreal, outras cláusulas relacionadas ao clima e à saúde do planeta foram adicionadas ao acordo. Em 2016, uma ementa orientando a redução de gases do efeito estufa foi incluída visando colaborar com a mitigação das mudanças climáticas e do aquecimento global.
Em entrevista à CNN no início de 2023, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, afirmou que o resultado das ações realizadas para a recuperação da camada de ozônio mostra que temos potencial para tomar atitudes sobre o clima e a preservação ambiental. Entre elas, ele destaca, por exemplo, abandonar os combustíveis fósseis e reduzir os gases de efeito estufa.
Essas ações ajudam a proteger a saúde do planeta, favorecem a continuidade da vida na Terra e são essenciais para manter os níveis baixos de gases nocivos para a camada de ozônio. Assim, é possível atingir a previsão noticiada pela ONU e proporcionar mais qualidade de vida para as gerações futuras.
Grande parte dos processos de produção e consumo de energia atuais têm impactos negativos no meio ambiente e na atmosfera. Os combustíveis fósseis, como gasolina, petróleo e gás natural, liberam dióxido de carbono, um gás tóxico para a natureza.
Nesse sentido, optar por energias renováveis, limpas e sustentáveis é uma alternativa eficaz e favorável para ajudar, ao mesmo tempo, a recuperar a camada de ozônio e diminuir a pegada de carbono. A energia solar, por exemplo, não emite poluentes, é inesgotável e, à medida que novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas, fica cada vez mais barata.
A recuperação da camada de ozônio é um desafio global que exige ações individuais e coletivas. Optar por fontes de energia limpa é apenas um dos muitos passos que todos podemos adotar para reduzir nosso impacto ambiental.
Paralelamente, é essencial apoiar e incentivar políticas ambientais responsáveis e práticas sustentáveis em todos os setores da sociedade. Com esforços conjuntos e conscientização crescente, podemos contribuir para a preservação da camada de ozônio e a proteção do nosso planeta.
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Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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