Você sabia que os fatores climáticos podem influenciar o rendimento da sua empresa? Agora, você deve estar se perguntando como as chuvas, o calor extremo e os dias mais frios do ano são capazes de afetar os gastos do seu negócio, seja ele qual for. Mas acredite: é verdade.
Os elementos e fatores climáticos existem naturalmente, mas estão sendo prejudicados pela ação dos seres humanos. Por isso, é necessário entender como isso está relacionado às mudanças climáticas, que geram atenção na comunidade científica mundial, e de que maneira é possível evitar os seus impactos negativos.
Então, neste artigo, você vai saber o que são fatores climáticos, como eles são impactados pelo aquecimento global e como esses dois elementos podem influenciar nos gastos da sua empresa. Continue com a gente e faça uma ótima leitura!
Os fatores climáticos são as condições que proporcionam as características do clima de um determinado espaço geográfico. Ou seja, é por meio deles que existem as variações climáticas, como as de temperatura e de umidade, dependendo da região e de acordo com a estação do ano.
Os fatores climáticos são naturais, mas sofrem com a ação das mudanças climáticas, que estão sendo intensificadas pela ação do ser humano. Por isso, muitas entidades internacionais, como as Nações Unidas (UN), criam iniciativas para conscientizar a população sobre os impactos negativos do aquecimento global.
Os fatores climáticos são: latitude, altitude, massas de ar, correntes marítimas, continentalidade e maritimidade. Eles são responsáveis por modificar os elementos climáticos, que são a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica, dependendo da região.
Para entender como cada um deles pode agir no clima e influenciar os seus negócios, precisamos estudá-los. Então, vamos esmiuçar cada fator climático. Confira!
Cientificamente, latitude é a distância, medida em graus, entre qualquer lugar da Terra e a Linha do Equador, que representa o grau zero do planeta. As latitudes máximas estão presentes nos pontos mais longínquos do globo, como o Polo Norte (90°) e a Antártida (-90°).
Mas o que isso significa na prática? Basicamente, a latitude interfere na potência que a radiação solar, energia emitida pelo Sol, atinge a Terra. Por exemplo: a cidade de São Luís do Maranhão, que tem latitude de 2° ao Sul, é mais quente que Juneau, capital do Alasca (EUA), que está a 58° acima da Linha do Equador.
Resumindo: as regiões mais próximas da Linha do Equador recebem mais radiação solar, o que aumenta o calor. Por isso, entende-se que: quanto menor a latitude, maior a temperatura. Ao mesmo tempo, lugares mais próximos dos polos apresentam um clima mais frio, já que sofrem uma menor incidência de raios do sol.
A altitude varia de acordo com a altura de uma região em relação ao nível do mar. Ela é responsável pela mudança na pressão atmosférica, que diminui conforme você atinge picos mais altos.
Nesse caso, é importante entender que a pressão da atmosfera também aplica uma força sobre o clima da região. A regra é clara: quanto menor a pressão atmosférica, menor a temperatura.
Por isso, podemos afirmar que cidades litorâneas, que estão próximas do nível do mar, como o Rio de Janeiro, têm uma maior pressão atmosférica e contam com climas mais quentes. Por outro lado, municípios mais altos, como Campos do Jordão, dispõem de uma menor pressão e temperaturas mais baixas.
As massas de ar são verdadeiros rios que percorrem a atmosfera da Terra e levam características de um ponto geográfico para outra região. Por exemplo: é por meio delas que a evaporação da água na Amazônia consegue produzir chuvas no Sudeste e no Sul do Brasil.
As massas de ar podem ser: quentes (equatorial ou tropical), frias (polar), continental (seca) e marítima (úmida).
E aqui vai um fato interessante: a única massa de ar continental úmida é a equatorial (mEc), que surge na Amazônia e leva chuva e calor para as outras regiões do país.
As correntes marítimas são consideradas como “rios dos oceanos”, já que elas levam grandes fluxos de água para diferentes países. Existem dois tipos de correntes oceânicas. São elas:
A Corrente Marítima do Brasil banha os litorais brasileiros de norte a sul, o que possibilitou a formação da Mata Atlântica, um bioma úmido que cobre as costas do Nordeste, Sudeste e Sul do país.
A continentalidade e a maritimidade são dois fatores climáticos que variam de acordo com a proximidade de uma região do litoral. Explicando:
Esses dois elementos e fatores climáticos impactam, também, no clima. Isso acontece por meio da “amplitude térmica”, que é a diferença entre as maiores e menores temperaturas de um dia.
Locais mais úmidos (maritimidade) têm uma menor amplitude térmica, enquanto as regiões mais secas (continentalidade) sofrem com uma maior variação de temperatura ao longo do dia.
Liberação de gases do efeito estufa, como o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4), e o desmatamento podem ocasionar mudanças climáticas. Isso impacta diretamente nos elementos e fatores climáticos, que podem sofrer alterações perigosas em diversas regiões do planeta.
Mas como o desmatamento na Amazônia pode favorecer o surgimento de fenômenos meteorológicos em outros lugares do mundo? Aqui, vamos discutir melhor sobre as causas das mudanças no clima.
A liberação de gases do efeito estufa é um dos principais causadores das mudanças climáticas.
Dentre os mais perigosos, estão o dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), que representa, segundo o World Wide Fund for Nature (WWF), mais de 70% de todos os gases maléficos para a atmosfera, e o metano (CH4).
Na sequência, separamos alguns exemplos de ações que são capazes de liberar gases tóxicos para a atmosfera:
Desde a Revolução Industrial, quando houve um aumento exponencial na queima dos combustíveis fósseis, a humanidade bombardeia o planeta com toneladas de gases tóxicos todos os dias.
De acordo com dados da Agência FAPESP, o Brasil desmatou mais de 71 milhões de hectares de mata nativa nos últimos 30 anos. A perda da flora diminui a absorção do gás carbônico, que é utilizado na fotossíntese e transformado e liberado como oxigênio. Um meio para reverter esse quadro é o reflorestamento das áreas desmatadas.
As mudanças climáticas afetam o meio ambiente por meio do aumento da temperatura do solo e dos oceanos, chuvas em excesso, períodos de seca extrema e extinção de espécies. Com o passar dos anos, mais exemplos do poder do aquecimento global são sentidos ao redor do mundo.
Então, que tal conhecer alguns desastres que podem ter sido influenciados pelas mudanças climáticas? Confira!
Em 2023, os meteorologistas registraram um inverno mais quente do que o costume. Esse fenômeno acontece por conta do El Niño, que aumentou a temperatura dos oceanos em 0,5°C.
Com isso, aumenta-se a temperatura em todo o Brasil durante a estação mais fria do ano, concentrando-se um período de seca extrema em regiões mais centrais do país e chuvas acentuadas nos estados do Sul.
Entre 2020 e 2023, a Região Sul do Brasil foi atingida por ciclones violentos. Esses eventos climáticos acontecem quando existe o encontro entre o ar quente e o frio. Segundo especialistas, eles ficam cada vez mais comuns por conta do aumento da temperatura nos polos, que é causado pelo aquecimento climático.
A produção de energia é um dos setores que mais liberam gases do efeito estufa para a atmosfera. Portanto, as energias renováveis, como a solar, ajudam a reduzir os efeitos das mudanças climáticas, já que são fontes seguras e não liberam gás carbônico e outros poluentes.
Por isso, é necessário compreender de onde vem a energia que abastece o seu negócio e, desse jeito, entender qual o impacto que a sua empresa causa no planeta. Cada passo dado a favor do meio ambiente já conta!
Hoje em dia, não tem como não pensar em sustentabilidade e ignorar a sua fonte de energia elétrica. Afinal de contas, ainda estamos a tempo para reverter o impacto do aquecimento global sobre o planeta.
Mas você sabia que a energia solar não é apenas uma escolha sustentável? Ela também pode ajudar na rentabilidade do seu negócio, já que a seca e o excesso de chuva podem afetar os seus gastos no final do mês. Confira o impacto positivo da energia sustentável em seu bolso e para o planeta!
Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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