A flutuação cambial é um fator que influencia diretamente os custos e a gestão financeira de empresas que atuam no mercado de energia e em outros setores que demandam previsibilidade e controle de gastos.
As variações nas taxas de câmbio afetam desde a aquisição de insumos até a negociação de contratos de energia no mercado livre, exigindo estratégias sólidas para lidar com as oscilações.
Por esse motivo, entender a flutuação cambial vai permitir que você consiga identificar tanto desafios quanto oportunidades para otimizar operações, e assim, reduzir impactos financeiros. Quer saber mais? Então continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto.
A flutuação cambial, ou câmbio flutuante, é um sistema no qual a taxa de câmbio de uma moeda é determinada pelo mercado, baseando-se na oferta e demanda.
Ou seja, se há uma alta procura por reais, por exemplo, a moeda tende a se valorizar, aumentando seu preço. O inverso ocorre quando há mais oferta de reais à venda, o que leva à sua desvalorização.
Diferentemente do câmbio fixo, no qual o Banco Central interfere diretamente para estabilizar a taxa, o câmbio flutuante opera sem intervenção do governo, permitindo que o valor da moeda oscile livremente conforme as condições do mercado financeiro.
Imagine uma empresa brasileira que importa insumos para sua produção interna, e esses insumos são pagos em dólar. Se o dólar está em alta devido à flutuação cambial, essa empresa gastará mais reais para adquirir a mesma quantidade de dólares, o que aumenta o custo dos insumos e impacta o orçamento.
Por outro lado, se o dólar cai, a empresa consegue comprar dólares a um custo menor, o que reduz seus gastos com importação.
Em geral, diversos fatores podem influenciar a taxa de câmbio. Abaixo, vamos te mostrar os principais. Confira:
Investimentos estrangeiros: a entrada ou saída de capital estrangeiro afeta diretamente o câmbio. Quando investidores trazem capital para o Brasil, a demanda pelo real aumenta, valorizando a moeda. Já quando retiram capital, ocorre o contrário;
importações e exportações: as transações internacionais de mercadorias também impactam o câmbio. Quando o Brasil exporta mais, por exemplo, a entrada de moeda estrangeira cresce, podendo valorizar o real.
Nas importações, a necessidade de moeda estrangeira aumenta, o que pode levar à sua valorização frente ao real;
taxa de juros: uma alta na taxa de juros brasileira pode atrair investidores externos, aumentando a entrada de capital estrangeiro e valorizando o real. Juros baixos, no entanto, podem desvalorizar a moeda brasileira;
inflação: a inflação elevada reduz o poder de compra e desvaloriza a moeda local. Em comparação com outras moedas mais estáveis, o real pode perder valor, gerando desvalorização no câmbio;
política econômica e estabilidade: medidas econômicas, estabilidade política e confiança no governo influenciam a atratividade do país para investimentos, afetando, assim, a valorização ou desvalorização do real.
O Brasil adota um modelo de câmbio conhecido como "flutuação suja", uma variação da flutuação cambial. Isso significa que, embora a taxa de câmbio seja, em grande parte, definida pelo mercado, o Banco Central intervém em momentos específicos para controlar oscilações bruscas que poderiam impactar a economia.
Essa intervenção ocorre principalmente por meio da compra ou venda de dólares, que ajuda a estabilizar o valor do real sem fixar uma taxa específica.
Esse modelo permite que o câmbio reaja às forças de mercado, mas com um controle adicional para evitar desequilíbrios significativos. Mas, apesar de ser um pouco mais previsível em relação à flutuação cambial, nem sempre a “flutuação suja” é previsível para as empresas.
Além dos custos relacionados ao planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo das empresas, as variações cambiais também afeta a gestão de energia elétrica, fazendo com que o fluxo de caixa oscile. Veja como!
A alta do dólar pode aumentar o custo dos insumos de energia que precisam ser importados, como peças para equipamentos e combustíveis, por exemplo.
Para empresas que dependem de tecnologia e maquinário importado para suas operações energéticas, a variação cambial pode tornar o planejamento financeiro mais complexo, exigindo ajustes para manter a lucratividade.
Empresas que firmam contratos de fornecimento de energia a longo prazo precisam levar em conta o câmbio.
Isso porque as variações podem fazer com que os custos projetados inicialmente se alterem significativamente ao longo do contrato, afetando a previsão de despesas e o planejamento de investimentos.
Com a oscilação cambial, os orçamentos de energia, como a implementação de novas fontes ou tecnologias, também são afetados.
A alta do câmbio pode aumentar os custos iniciais de projetos, reduzindo a margem de retorno e exigindo novas estratégias de financiamento ou adiamento de iniciativas.
Uma opção para a previsibilidade dos valores, é a negociação de contratos de longo prazo em reais, evitando, assim, a exposição direta à variação cambial.
Ou seja, mesmo com oscilações no dólar, o custo da energia permanece mais estável. Além disso, empresas podem adotar o hedge cambial, uma ferramenta que fixa o câmbio para compras futuras, protegendo-as de variações imprevistas.
Outra oportunidade está na diversificação de fornecedores, especialmente no Mercado Livre de Energia, onde é possível optar por fontes e contratos mais flexíveis.
Assim, mesmo com flutuações no câmbio, a empresa pode buscar opções mais econômicas e adaptar-se conforme necessário, mantendo controle sobre os custos de energia ao longo do tempo.
Em suma, as oscilações causadas pela flutuação cambial impactam diretamente os custos de energia das empresas, trazendo desafios para o fluxo de caixa.
Logo, para lidar com essas variações, é fundamental escolher modelos energéticos que ofereçam estabilidade e flexibilidade.
O Mercado Livre de Energia é uma alternativa que permite controlar melhor os custos ao possibilitar negociações de contratos personalizados e ajustados à realidade de cada negócio.
Nesse ambiente, as empresas têm a liberdade de escolher seus fornecedores de energia e negociar as melhores condições, o que proporciona maior previsibilidade de custos e um controle mais preciso sobre o consumo.
Isso porque no Mercado Livre varejista e no Mercado Livre Atacadista, a energia é adquirida diretamente de geradoras, sem a intermediação das distribuidoras convencionais, o que resulta em uma redução significativa nas tarifas, já que não há encargos regulatórios.
Além disso, esse modelo permite ajustar o fornecimento de energia conforme as necessidades específicas de cada empresa, proporcionando ainda mais eficiência operacional.
Nesse contexto, a EDP, oferece soluções personalizadas para empresas que desejam minimizar os efeitos das flutuações cambiais e otimizar os gastos com energia.
Com suporte sua empresa pode migrar para o Mercado Livre de Energia de forma segura e bem orientada, aproveitando as vantagens desse modelo de compra mais flexível e com custo reduzido.
E para te ajudar a ter clareza no quanto você pode ganhar previsibilidade nos gastos da sua empresa, acesse o Simulador de Economia da EDP e descubra as vantagens dessa mudança! Migre para o Mercado Livre de Energia já e otimize os custos da sua empresa.
Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista, Marcelo Garisto tem pós-graduação em Marketing e Banking pela FGV-SP e em Marketing Internacional pela Universidade de EUA/Florida Central e da Universidad de las Américas, do Chile. É Gestor Executivo das áreas de Comercialização Energia Varejista e de Gestão de Serviços Energéticos. Marcelo Garisto discorrerá em seus artigos sobre temas relacionados com o Mercado Livre.
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