Lixo urbano: principais causas e consequências

Você sabia que o Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo urbano todos os anos? Desse total, mais de seis milhões de toneladas não são coletadas e quase 30 milhões são despejadas em lixões e aterros sem controle ambiental. O que a sua empresa faz para diminuir o impacto ambiental causado pelo lixo urbano?

Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), fica claro que os resíduos sólidos urbanos (RSU) não são produzidos apenas pela população. As empresas e o comércio também têm sua parcela de responsabilidade na produção de lixo nas cidades brasileiras. 

Mas o que são considerados resíduos sólidos urbanos? Quais são os maiores problemas do lixo urbano e como ele atrapalha o desenvolvimento sustentável de empresas e municípios? Continue com a gente para saber a resposta dessas e outras perguntas! Faça uma ótima leitura!

Lixo urbano, também conhecido como resíduos sólidos urbanos, é o nome dado para os resíduos produzidos por residências, estabelecimentos comerciais, indústrias e ações voltadas para o desenvolvimento das cidades. 

Como você deve imaginar, esse é um termo muito genérico. Afinal de contas, muitos resíduos podem ser considerados lixo urbano. Nessa mesma categoria, por exemplo, se encontram o lixo hospitalar, que é extremamente tóxico, e os restos de construção e podas de árvores, que não causam efeitos negativos imediatos às pessoas e para o meio ambiente.

Os lixos urbanos de Classe I são extremamente perigosos para o meio ambiente e para a saúde da população. Os resíduos hospitalares, por exemplo, não devem ser manuseados por pessoas despreparadas, já que podem oferecer um grande risco de contaminação.

Óleos, substâncias inflamáveis, materiais radioativos, lubrificantes e resíduos de fabricação de tintas são outros exemplos de resíduos sólidos Classe I. Ao serem descartados incorretamente, eles podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. 

O descarte e a coleta desse tipo de lixo urbano devem ser feitos com o máximo de cuidado. Além disso, esses resíduos não são levados para lixões comuns para não haver contaminação. Por isso, os resíduos Classe I são incinerados ou assentados em aterros especializados. 

Os resíduos sólidos urbanos de Classe II não são perigosos para o meio ambiente e para as pessoas. Por isso, não são corrosivos, inflamáveis, tóxicos, reativos ou passíveis de propagar doenças. 

Vale reforçar que todo lixo urbano descartado incorretamente pode oferecer risco para a natureza e para a população. Porém, os componentes da Classe II não apresentam perigo imediato e podem ser descartados em lixões e aterros comuns. Além disso, há empresas especializadas que produzem energia renovável com esse tipo de resíduo. 

Essa categoria abrange um grande número de materiais, que podem ser descartados em aterros ou reciclados. Então, para facilitar a categorização do lixo urbano, ela é dividida entre A e B. 

São considerados Classe II A os resíduos não inertes. Para fazer parte desta categoria, eles precisam ser biodegradáveis, passíveis de combustão ou solúveis em água. 

A maioria do lixo doméstico pode ser considerada Classe II A, já que tem algumas das características listadas acima. Outros exemplos são: madeira, resto de alimentos, vidros, papéis, metais, espumas de isolação acústica e lama do tratamento de água.

Já a Classe II B abarca os resíduos inertes, ou seja, o lixo urbano não solúvel em água e que tem uma decomposição demorada. A sucata de ferro e os entulhos de material de construção fazem parte desta categoria.

Existem quatro tipos de lixo urbano, que são divididos considerando a sua periculosidade e a sua capacidade de decomposição. Independentemente da classificação, no Brasil, é responsabilidade do município a coleta dos resíduos sólidos urbanos produzidos em seu território, quer sejam residenciais, comerciais ou hospitalares. 

O órgão responsável pela categorização do lixo urbano é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Elas estão descritas na Norma Brasileira (NBR) 10004/2004. Confira em detalhes a seguir.

Dentre os principais problemas causados pelo lixo urbano estão: aumento da emissão dos gases do efeito estufa, poluição do solo e água, contaminação, proliferação de doenças e alagamentos. 

Quer entender melhor cada um desses problemas do lixo urbano? Vamos entrar em detalhes a seguir. Continue acompanhando!

De acordo com uma pesquisa do Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), o Brasil libera anualmente cerca de seis milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), um dos fatores do efeito estufa, por conta do lixo urbano. 

O gás, que é um dos principais causadores do aquecimento global, é amplamente liberado em lixões e com a queima irregular de resíduos sólidos. Hoje, o mundo se encontra em uma corrida contra a emissão do carbono, que também é produzido pelas queimadas, atividades industriais e queima de combustíveis fósseis. 

Segundo dados da Associação Brasileiras das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mencionada no início do texto, quase 30 milhões de toneladas de lixo urbano são descartadas incorretamente no Brasil todos os anos. Esse número, além de liberar uma grande quantidade de CO2 para a atmosfera, pode prejudicar o solo e os lençóis freáticos.

Os lixões e aterros controlados, que não contam com solo impermeabilizado, são destinos perigosos para os resíduos sólidos urbanos. Isso acontece porque o chorume produzido pelo lixo é extremamente poluente e contaminante.

Ainda de acordo com o levantamento da Abrelpe, o descarte incorreto do lixo urbano pode afetar, de maneira direta, a saúde de quase 78 milhões de brasileiros todos os anos. Isso pode acontecer por causa da contaminação do solo e dos afluentes de água.

Agora, pense também na parte do lixo urbano que não é recolhida nos municípios. Eles são grandes focos de animais que podem causar doenças, como ratos, pombos e insetos. 

Além disso, a água parada em resíduos sólidos pode favorecer a proliferação do mosquito da Dengue, conhecido cientificamente como Aedes aegypti. Ele também é o responsável por outras mazelas sociais, como Zika Vírus, Chikungunya e Febre Amarela. 

Por último, mas não menos importante, o descarte irregular do lixo pode causar alagamentos nos centros urbanos.

Isso acontece principalmente quando os resíduos sólidos bloqueiam a entrada da água da chuva nas bocas de lobo, o que pode gerar enchentes de grandes proporções.

A principal maneira de diminuir os impactos causados pela produção de lixo urbano é incentivar a reciclagem. Isso significa transformar o resíduo sólido em matéria-prima para outros produtos e bens de serviço. 

Além da reciclagem, confira outros meios de diminuir o impacto do lixo urbano e, assim, ajudar o meio ambiente.

Você já ouviu falar em economia circular? Esse é o modelo de produção sustentável para empresas de pequeno, médio e grande porte. Sua principal diferença é a utilização de matéria-prima reciclada, o que diminui a extração de recursos naturais e reduz a quantidade de lixo. 

Por isso, é possível dizer que adotar o sistema de economia circular na sua empresa é uma maneira de ajudar a minimizar o impacto do lixo urbano no planeta. 

Os gases liberados pela decomposição do lixo urbano, como o CO2 e o metano, podem ser convertidos em energia elétrica. Isso acontece por meio da queima dos gases e o processo é realizado por empresas especializadas. Assim, o descarte é reaproveitado ao gerar energia.

Que tal apoiar entidades e organizações que promovem a reciclagem na sua cidade? Essa é uma maneira indireta de ajudar a diminuir a quantidade de lixo destinado para lixões e aterros irregulares.

Como você conferiu, a produção e a destinação incorreta dos resíduos sólidos são fatores que promovem mais poluição. E, embora a responsabilidade da coleta seja das prefeituras, a preocupação sobre o impacto do lixo urbano deve começar na sua empresa. 

Afinal, o que o seu negócio faz para diminuir a poluição da sua cidade? Vocês podem se considerar aliados do meio ambiente? No blog da EDP, você encontra outros artigos que ajudam a direcionar o desenvolvimento da sua empresa para um caminho mais sustentável. 

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