A energia solar tem ganhado espaço como uma das principais opções para empresas que buscam alternativas econômicas e eficientes. No entanto, para implantar um sistema de geração solar, é essencial entender o espaço necessário para instalar painéis e os fatores que podem influenciar essa área.
E neste artigo, vamos explicar de forma clara quantos hectares são necessários para gerar 1 megawatt (MW) de energia solar. Também abordaremos como aspectos como tecnologia e topografia impactam essa demanda. Acompanhe a leitura até o fim e fique por dentro!
Um MW equivale a 1.000 quilowatts (kW) e representa a potência que pode ser gerada por um sistema solar em condições ideais. Essa medida é amplamente usada para quantificar a capacidade de geração de energia em projetos de larga escala, como usinas solares.
Para se ter noção, a energia gerada por um MW pode abastecer cerca de 400 residências em um país como o Brasil, dependendo do consumo médio das famílias.
O custo para instalar 1 MW de energia solar no Brasil pode variar bastante, dependendo de diversos fatores, como a tecnologia utilizada, o tamanho do projeto e a localização da usina. Em média, esse valor fica entre R$ 4 e R$ 5 milhões.
Apesar de parecer um investimento elevado, é importante entender que essa é uma solução de longo prazo que traz economia e estabilidade no fornecimento de energia. E vale frisar que esse valor engloba diferentes etapas e componentes essenciais, como painéis solares, inversores, sistemas de monitoramento, estrutura de suporte e o processo de instalação.
Cada megawatt (MW) de energia solar instalado pode reduzir, em média, 1.500 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. Essa redução acontece porque, ao produzir energia a partir do sol, não são queimados combustíveis fósseis como carvão, gás natural ou petróleo, que emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa.
O espaço necessário para gerar 1 MW de energia solar depende de várias características do projeto. Abaixo, detalhamos os principais fatores que determinam essa área:
Os tipos de painéis solares escolhidos influenciam diretamente o espaço necessário, isso porque:
painéis fotovoltaicos convencionais: têm menor eficiência na conversão de luz solar em energia elétrica, exigindo uma área maior para atingir 1 MW de potência instalada;
painéis bifaciais: captam luz solar em ambos os lados, aumentando a eficiência e permitindo um layout mais compacto. São ideais para terrenos menores ou com alta incidência solar.
Nesse aspecto, vale destacar que a tecnologia mais avançada pode significar um investimento inicial maior, mas também reduz a necessidade de terreno e otimiza a produção de energia.
Os painéis solares mais modernos e eficientes convertem maior quantidade de luz solar em energia elétrica. Isso reduz a quantidade de módulos necessários para gerar 1 MW, economizando espaço.
Terrenos planos facilitam a instalação dos painéis e permitem maior aproveitamento do espaço. Em contrapartida, áreas inclinadas ou irregulares podem exigir ajustes, como nivelamento ou maior espaçamento entre os painéis, aumentando assim o espaço necessário para o projeto.
O posicionamento correto dos painéis solares é fundamental para aumentar a captação de energia solar. Isso porque orientações inadequadas podem reduzir a eficiência, exigindo mais módulos para compensar a perda, o que aumenta a necessidade de terreno.
A presença de árvores, prédios ou outras estruturas que possam causar sombras nos painéis afeta diretamente sua eficiência. Sendo assim, para evitar perdas, é necessário aumentar o espaçamento entre os painéis, o que também amplia a área total utilizada.
Regiões com alta incidência solar, como o Nordeste brasileiro, permitem maior geração de energia com menos espaço, enquanto áreas com menor irradiação solar podem exigir mais módulos para atingir 1 MW, consequentemente, aumentando a demanda por terreno.
A área necessária para a instalação de painéis solares varia proporcionalmente à capacidade de geração de energia. Veja alguns exemplos práticos a seguir:
1 MW: entre 2 a 3 hectares;
5 MW: cerca de 10 a 15 hectares;
10 MW: aproximadamente 20 a 30 hectares.
Esses valores são estimativas médias e podem variar conforme os fatores discutidos anteriormente. É importante realizar um estudo detalhado do terreno e da tecnologia utilizada para obter uma estimativa mais assertiva.
Primeiramente, vale ressaltar que a usina solar é uma instalação que gera energia em grande escala usando painéis solares, ideal para atender grandes empresas ou fornecer energia para o sistema elétrico, diferente dos sistemas menores usados em casas ou pequenas empresas.
Assim, o planejamento e a instalação de uma usina solar são etapas essenciais para garantir a eficiência e a viabilidade do projeto. Esse processo envolve diversas fases, como a análise de viabilidade técnica, avaliação do potencial solar do local e o cumprimento de regulamentações ambientais e legais.
Um planejamento bem estruturado não apenas otimiza a geração de energia, mas também garante retorno sobre o investimento e maior previsibilidade operacional. Veja, a seguir, como fazer isso:
estudo de viabilidade: avalie a radiação solar disponível, os impactos ambientais e a conexão com a rede elétrica para garantir a viabilidade técnica e econômica do projeto;
licenciamento e autorizações: obtenha as permissões necessárias junto à ANEEL e órgãos ambientais, com a documentação completa exigida;
instalação e comissionamento: faça a instalação dos equipamentos e testes para garantir que tudo funcione conforme as normas técnicas;
uso de tecnologias avançadas: considere painéis de alta eficiência, sistemas de rastreamento solar e baterias de armazenamento para aumentar a produtividade e a eficiência do sistema;
cálculo de retorno do investimento (ROI): estime o tempo para recuperar o investimento, considerando custo de instalação e incentivos fiscais;
aproveitamento de incentivos governamentais: explore isenções fiscais e linhas de crédito disponíveis para reduzir custos e acelerar o retorno.
A adoção da energia solar traz múltiplos benefícios para as empresas, tanto em termos financeiros quanto ambientais:
redução de custos operacionais: a energia solar oferece uma fonte de energia estável e de baixo custo, após o investimento inicial. Com a capacidade de gerar até 5 MW de energia solar, as empresas podem atender uma parte significativa de sua demanda energética, resultando em economias substanciais a longo prazo;
contribuição para a sustentabilidade: além de economizar dinheiro, a energia solar ajuda as empresas a reduzir sua pegada de carbono. A instalação de 1 MW de energia solar pode evitar a emissão de aproximadamente 1.500 toneladas de CO₂ por ano, contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas;
valorização da marca: A utilização de energia solar pode ser um forte argumento de marketing, atraindo consumidores e parceiros.
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Verena Greco é Gerente Operacional na EDP Brasil. Ela é graduada em Engenharia de Energia pela PUC Minas e em Engenharia de Energia Renovável pela Hochschule Schmalkalden – University of Applied Sciences e tem MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec. Verena Greco escreve sobre Energia Solar.
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