A pegada ecológica é um conceito fundamental para entender como nossas ações impactam o planeta. Ela mede a quantidade de recursos naturais que consumimos e a capacidade da Terra de regenerar esses recursos.
Com o aumento das atividades humanas, o desequilíbrio entre o que consumimos e o que a natureza consegue repor tem gerado impactos significativos.
Inclusive, segundo o relatório planeta vivo, a biodiversidade diminuiu 94% entre 1970 e 2022 nos países da América Latina e Caribe.
E esse percentual evidencia a necessidade urgente de repensar novas práticas e buscar alternativas viáveis que contribuam para uma relação mais harmoniosa com o meio ambiente.
Nesse quesito é onde a pegada ecológica entra em cena para contribuir com a sustentabilidade, e neste artigo, você vai conhecer as melhores práticas que promovem uma boa relação com o meio ambiente.
Vamos lá? Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas.
A pegada ecológica é uma métrica que avalia o impacto das atividades humanas no meio ambiente.
Na prática, ela calcula a quantidade de recursos naturais que uma pessoa, comunidade ou país consome em comparação com a capacidade da Terra de regenerar esses recursos.
Essa medida leva em conta o uso de:
água;
alimentos;
energia;
emissão de gases poluentes.
Ou seja, quanto maior a pegada ecológica, maior é o desequilíbrio entre o consumo e a capacidade do planeta de se recuperar.
Conforme você viu até aqui, a pegada ecológica quantifica os recursos naturais, biológicos e renováveis utilizados pela humanidade. Esses recursos são categorizados por área, como:
agricultura;
pastagens;
florestas;
pesca;
área construída;
energia e absorção de dióxido de carbono (CO₂).
Para calcular a pegada ecológica, os componentes são divididos em subpegadas, que, ao serem somadas, revelam o impacto total da pegada ecológica. Confira abaixo quais são as subpegadas principais!
Representa a quantidade de floresta necessária para absorver o dióxido de carbono que os oceanos não conseguem absorver.
Corresponde à área necessária para a criação de gado, atendendo a diversas especificidades.
Baseia-se no consumo anual de madeira para a produção de diversos produtos!
Calcula a produção estimada para sustentar a captura de peixes e mariscos de águas doces e marinhas.
Representadas pelas áreas de permissão para o cultivo de alimentos destinados a humanos e rações para animais.
Incluem todas as áreas com infraestrutura humana, como transportes, indústrias, reservatórios para geração de energia elétrica e habitações.
Enquanto a pegada ecológica mede o impacto das nossas ações no meio ambiente, a sustentabilidade busca equilibrar o uso de recursos naturais para garantir que as futuras gerações também possam desfrutar deles.
Quando nossa pegada ecológica excede a capacidade do planeta de se regenerar, criamos um desequilíbrio que ameaça a sustentabilidade.
Nesse quesito, é vital adotar práticas mais conscientes e responsáveis, como a redução consciente de desperdícios e a preservação dos recursos naturais — pelo uso fontes renováveis, como a energia solar, ao invés de combustíveis fósseis, que são poluentes ao meio ambiente.
Agora que você já sabe a relação da pegada ecológica com a sustentabilidade, está na hora de conhecermos algumas práticas que favorecem a boa relação da comunidade com o meio ambiente. Confira!
Escolher alimentos produzidos localmente e conforme a estação reduz a necessidade de transporte e armazenamento, diminuindo a emissão de gases poluentes. Além disso, optar por alimentos orgânicos e de pequenos produtores ajuda a preservar o meio ambiente.
Comprar menos e optar por produtos duráveis e de qualidade diminui o desperdício e a demanda por recursos naturais. Reutilize, recicle e repense suas compras, priorizando itens que realmente necessita e que tenham menor impacto ambiental.
A água é um recurso vital, e sua preservação é crucial para a sustentabilidade. Evite o desperdício adotando hábitos como tomar banhos curtos, reutilizar água sempre que possível e corrigir vazamentos. Essas atividades reduzem a pegada hídrica e protegem os recursos naturais.
Diminuir o uso de energia elétrica é uma das formas mais eficazes de reduzir sua pegada ecológica. Adote práticas como o uso de lâmpadas LED, desligar aparelhos quando não estão em uso, e, principalmente, investir em fontes de energia renovável, como a energia solar.
A energia elétrica sustentável, como a solar e a eólica, reduz a pegada ecológica ao minimizar a dependência de combustíveis fósseis, que liberam abundância de CO₂ na atmosfera.
Ao optar por fontes renováveis, diminuímos as emissões de gases de efeito estufa, protegendo o meio ambiente e preservando recursos naturais.
Além disso, essas fontes de energia são inesgotáveis e têm baixo impacto ambiental, o que ajuda a manter o equilíbrio dos ecossistemas.
Portanto, adotar energia elétrica sustentável, como a solar, é uma forma eficaz de contribuir para um futuro mais sustentável.
Como você pode notar, a pegada ecológica é uma ferramenta extremamente necessária para virar o jogo e evitar a escassez de recursos naturais.
Conforme demonstrado na explicação de como calcular a pegada ecológica, é essencial que as organizações compreendam esse conceito e mensurem o impacto de suas atividades cotidianas no meio ambiente.
Isso porque, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável, é necessário existir um equilíbrio entre a quantidade de recursos naturais disponíveis e a demanda de consumo da sociedade.
E nesse sentido, é imprescindível investir em fontes de consumo de energia sustentáveis para construir um planeta mais responsável e seguro.
Para te ajudar ainda mais neste entendimento, veja quais são as principais fontes de energia sustentável, um conteúdo produzido pela EDP! Aproveite a leitura.
Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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