Em tempos de mudanças climáticas aceleradas, a sustentabilidade ambiental é um tema incontornável. Afinal, nós, seres humanos, somos os principais responsáveis por fenômenos naturais em descontrole, como o efeito estufa e o aquecimento global.
Nesse contexto, as empresas desempenham papel fundamental na conscientização e implementação de estratégias sustentáveis, a fim de diminuir o impacto de suas operações no meio ambiente.
Para entender melhor o que é sustentabilidade ambiental e conhecer boas práticas empresariais que contribuem para o desenvolvimento sustentável do negócio, continue conosco nesta leitura.
Primeiramente, é importante dizer que a sustentabilidade é um conceito bastante abrangente. Embora as pessoas costumem associá-la mais diretamente a questões ambientais, a sustentabilidade se baseia em três dimensões que devem interagir entre si de forma equilibrada, a fim de alcançar um desenvolvimento econômico sustentável.
O tripé da sustentabilidade, como é conhecido, abarca aspectos sociais, econômicos e ambientais. O primeiro leva em consideração o bem-estar geral das pessoas, incluindo fatores como acesso à saúde, educação, salários justos, cultura e lazer. Já o segundo está relacionado ao crescimento e à lucratividade das atividades econômicas.
Por fim, o terceiro aspecto relaciona sustentabilidade e meio ambiente, levando em conta os impactos das atividades humanas na natureza, ou seja, é a sustentabilidade ambiental.
De modo geral, o principal objetivo da sustentabilidade é equilibrar de maneira positiva as interações entre as três dimensões do tripé, para que a humanidade continue se desenvolvendo, mas com responsabilidade ambiental e social.
Pensando nisso, em 2015, a ONU estabeleceu a Agenda 2030, um plano de ação com 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável (ODS), dentre os quais estão a erradicação da pobreza, a energia limpa e acessível, ação contra a mudança global do clima, trabalho decente e crescimento econômico, dentre outros.
Esses objetivos foram aceitos como compromisso por chefes de Estado no mundo todo e, como você pode perceber, visam melhorias para as pessoas, o planeta e, também, as atividades econômicas — em consonância com a proposta da ONU de alcançar paz e prosperidade no mundo inteiro.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez em 1987, pela diplomata Gro Harlem Brundtland durante a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, que caracterizou-o da seguinte maneira:
“Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades.”
Ou seja, trata-se de um desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro — algo que está intimamente relacionado com as empresas e suas atividades econômicas, uma vez que são as maiores responsáveis pela utilização de recursos naturais e pelas mais significativas agressões ao meio ambiente.
A partir de então, as propostas de responsabilidade social e ambiental passaram a ser parte essencial da agenda corporativa, colocando as empresas em seu papel de agentes diretas e parte integrante do mundo, e não apenas meras geradoras de bens, produtos e lucro.
Adotar a sustentabilidade ambiental nas empresas não apenas demarca o compromisso com o bem-estar social e ambiental, mas também gera retornos positivos para a empresa, tais como:
Além disso, a sustentabilidade ambiental também faz parte da agenda ESG, uma série de boas práticas que levam em consideração aspectos ambientais, sociais e de governança nas empresas — uma perspectiva essencial para a manutenção e prosperidade corporativa atualmente.
As boas práticas de sustentabilidade ambiental nas empresas podem ser aplicadas a todos os processos operacionais, desde a utilização consciente de recursos naturais, passando pelo descarte correto de resíduos até o uso de energia sustentável. Confira mais detalhes a seguir.
Racionalizar o uso da água é algo que pode ser feito por todas as pessoas, mas, nas empresas, é possível implementar medidas em maior escala, como instalar torneiras, descargas e outras saídas com fluxo controlado, condensar vapor gerado em algumas atividades para reutilizar a água e até coletar água da chuva em sistemas de maior porte para uso nas operações.
Separar devidamente os resíduos das atividades nas empresas já se tornou uma premissa, além de fazer a reciclagem dos materiais. Para isso, é possível instalar lixeiras separadas por materiais, firmar parcerias com cooperativas de reciclagem ou mesmo implantar a logística reversa, na qual as embalagens descartadas pelos consumidores retornam à empresa para serem reutilizadas.
A lógica de reutilização também é um dos pilares da economia circular. Nesta proposta, ao contrário da economia linear — em que o processo de consumo se inicia na produção e termina no descarte — cada etapa do ciclo de consumo se retroalimenta.
Para implementar essa lógica, é recomendado que todo o ciclo dos produtos seja repensado, de forma que sejam preparados para desmontagem, reúso, reciclagem, compostagem e outros processos de reaproveitamento, para que sejam reinseridos na economia, regenerando todo o sistema.
A lógica de reutilização também é um dos pilares da economia circular. Nesta proposta, ao contrário da economia linear — em que o processo de consumo se inicia na produção e termina no descarte — cada etapa do ciclo de consumo se retroalimenta.
Para implementar essa lógica, é recomendado que todo o ciclo dos produtos seja repensado, de forma que sejam preparados para desmontagem, reúso, reciclagem, compostagem e outros processos de reaproveitamento, para que sejam reinseridos na economia, regenerando todo o sistema.
A utilização de combustíveis fósseis para a geração de energia, especialmente nas indústrias e empresas, é uma das maiores vilãs das crises climáticas que o planeta vem sofrendo. Isso porque a emissão de CO2 agrava fenômenos como o efeito estufa, o aquecimento global e até mesmo os ciclos de chuvas de uma região.
Para combater esses efeitos prejudiciais, a utilização de fontes de energia renovável é fundamental, diminuindo a pegada de carbono da empresa e contribuindo para a descarbonização, que visa a erradicação das emissões de carbono no futuro.
Algumas medidas, nesse sentido, são utilizar combustíveis de fonte renovável, como o etanol, nos veículos da empresa, e também fontes renováveis para a energia elétrica, como a energia solar, que além de ser uma energia limpa, é uma das mais importantes no mercado livre de energia, no qual as empresas têm maior liberdade para negociar condições e preços da eletricidade.
Além de todas as medidas práticas que abordamos acima, criar programas de conscientização dos colaboradores é uma das mais importantes maneiras de contribuir com a sustentabilidade ambiental nas empresas.
Essa proposta educativa pode abordar temas como o descarte correto de resíduos, consumo consciente de água, energia e outros produtos, boas práticas para o melhor aproveitamento de insumos e materiais e até incentivar as pessoas a pensarem em maneiras de otimizar processos, a fim de que a empresa se torne cada dia mais eficiente em todos os sentidos.
Como você viu, a sustentabilidade ambiental é imprescindível para que a sua empresa contribua com um futuro próspero do planeta e da sociedade. Mas adotar boas práticas nesse contexto também traz muitos benefícios para o negócio.
Além de gerar economia, reduzindo custos e reaproveitando recursos, a sustentabilidade melhora a reputação da empresa perante o mercado e os consumidores e cria um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
A sustentabilidade é um dos principais valores da EDP e trabalhamos diariamente para que outras empresas possam se tornar mais sustentáveis também. Conheça nossas soluções de energia solar e torne seu negócio mais limpo, sustentável e econômico.
Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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