Central de atendimento
Soluções EDP Disponível para te ajudar

Ao interagir você concorda com os termos gerais de uso e política de privacidade, e aceita ser contactado pelo Grupo EDP e parceiros para mais informações de produtos e serviços EDP.

Esses dados serão tratados exclusivamente para as finalidades específicas para as quais foram coletados e serão posteriormente descartados.

Sex. 28 de março de 2025

O produto mais adequado para sua empresa é o Mercado livre de Energia

Seu potencial de economia anual será de

XX%

Faremos contato em até 24 horas por WhatsApp, telefone ou e-mail para conversar sobre sua adesão.

MERCADO LIVRE
Data de publicação: 17/02/2025

A gestão eficiente dos custos de energia elétrica é importante para empresas que buscam otimizar suas operações e compreender os diferentes modelos tarifários disponíveis é essencial para uma boa administração.  

A tarifa binômia é uma modalidade que divide a cobrança em duas partes: uma componente fixa, relacionada à demanda contratada, e uma variável, correspondente ao consumo efetivo de energia.  

Este modelo tarifário é aplicado no mercado regulado e possui características distintas em relação à tarifa monômia. Neste artigo, abordaremos o funcionamento da tarifa binômia, suas vantagens e desvantagens, e como ela se compara a outros modelos tarifários. 

O que é tarifa binômia?

A tarifa binômia é um modelo tarifário aplicado ao grupo de consumidores classificados como alta tensão, também conhecidos como Grupo A. Esses consumidores recebem eletricidade em tensões iguais ou superiores a 2,3 kilovolts e incluem, principalmente, indústrias e estabelecimentos comerciais de médio a grande porte. 

Ao contrário da tarifa monômia, amplamente utilizada para consumidores de baixa tensão, a tarifa binômia considera dois componentes principais no cálculo: um valor fixo, relacionado à demanda contratada (potência necessária para atender às operações do consumidor), e um valor variável, que reflete o consumo efetivo de energia.  

Essa estrutura tarifária busca oferecer maior transparência na cobrança ao segmentar os custos conforme as características de consumo de cada cliente. 

Definida e regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a tarifa binômia é um modelo exclusivo do mercado regulado, atendendo a consumidores com perfis de consumo que demandam um fornecimento energético constante e em alta escala.  

Esse tipo de tarifa é particularmente relevante para setores que necessitam de potência elevada para manter a produção ou o funcionamento de suas atividades diárias, como fábricas e grandes estabelecimentos comerciais. 

Como ocorre a classificação das tarifas?

A classificação das tarifas de energia elétrica segue critérios definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que segmenta os consumidores em dois grandes grupos: Grupo A e Grupo B. Essa divisão é baseada na tensão de fornecimento e no perfil de consumo de cada unidade consumidora, influenciando diretamente o modelo tarifário aplicado. 

Grupo A: alta tensão

O Grupo A abrange os consumidores que recebem eletricidade em tensões iguais ou superiores a 2,3 kilovolts (kV).  

Esses consumidores estão sujeitos à tarifa binômia, que divide os custos entre componentes fixos, relacionados à demanda contratada, e variáveis, que correspondem ao consumo efetivo de energia.  

Esse grupo é composto principalmente por indústrias e grandes estabelecimentos comerciais, que necessitam de uma alta carga de energia para suas operações. 

Grupo B: baixa tensão

O Grupo B é formado por consumidores que recebem energia em tensões inferiores às do Grupo A e estão sujeitos à tarifa monômia, onde o custo é calculado com base apenas no consumo de energia. As unidades consumidoras do Grupo B são subdivididas em quatro categorias: 

  • B1: consumidor residencial, que inclui moradias e habitações de uso doméstico. 

  • B2: consumidor rural, englobando atividades agrícolas, pecuárias e agroindustriais. 

  • B3: comércio ou indústrias de pequeno porte, que têm menor necessidade de potência elétrica. 

  • B4: iluminação pública, destinada à iluminação de vias e espaços públicos. 

Essa classificação é fundamental para determinar a forma de cobrança e os encargos tarifários aplicados a cada tipo de consumidor, garantindo que as tarifas sejam ajustadas às suas demandas energéticas e ao perfil de uso. 

Diferença entre tarifa monômia e binômia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) define quatro modalidades tarifárias, cada uma adaptada a diferentes perfis de consumo e necessidades energéticas. Entre essas modalidades, a tarifa monômia e a tarifa binômia se destacam por suas características específicas e pela forma como calculam os custos energéticos para os consumidores. 

Tarifa monômia

Aplicada aos consumidores do Grupo B, que incluem residências, comércios e indústrias de pequeno porte, a tarifa monômia tem um cálculo mais simples. Ela considera apenas o consumo total de energia, sem separar a cobrança pela demanda de potência ou o horário de uso. 

Nesta modalidade, todos os consumidores conectados a uma mesma rede pagam um valor fixo pelo serviço de distribuição de energia, também conhecido como "tarifa fio". Esse valor não varia com a quantidade de energia consumida, o que facilita o controle de gastos para consumidores de baixa tensão. 

Tarifa binômia

A tarifa binômia, por sua vez, é aplicada aos consumidores do Grupo A, que operam com alta tensão. Essa modalidade divide os custos em dois componentes: 

  • Consumo de energia: calculado com base na quantidade efetivamente utilizada. 

  • Demanda de potência: representa a capacidade contratada necessária para atender às operações da unidade consumidora, independentemente do horário de uso. 

Essa estrutura tarifária reflete as maiores exigências que os consumidores do Grupo A colocam sobre o sistema de distribuição.  

Além disso, a cobrança pelo serviço de distribuição é proporcional ao consumo e à demanda, garantindo que os custos sejam ajustados de acordo com o uso real do sistema. 

Outras modalidades tarifárias

Além das tarifas monômia e binômia, a ANEEL também regulamenta outras modalidades que atendem a consumidores específicos: 

Tarifa branca:

Voltada para consumidores do Grupo B, com valores que variam conforme o dia e horário de uso. Permite economia ao deslocar o consumo para horários fora de pico. 

Tarifa horosazonal verde:

Aplicável a consumidores do Grupo A, onde o consumo pode ter valores diferentes nos horários ponta e fora ponta. A demanda de potência tem um valor único, mas os custos de transporte são maiores no horário de ponta. 

Tarifa horosazonal azul:

Também voltada para consumidores do Grupo A, com dois valores de demanda de potência diferenciados conforme os horários ponta e fora ponta. 

Essas diferenças entre as tarifas refletem as necessidades específicas de cada grupo consumidor e permitem que as unidades consumidoras escolham a modalidade que melhor se adapta ao seu perfil de uso. 

Vantagens da tarifa binômia

A tarifa binômia oferece benefícios específicos para consumidores que necessitam de alta potência elétrica, como indústrias e grandes estabelecimentos comerciais.  

Esse modelo tarifário possibilita maior previsibilidade financeira, já que os custos são divididos entre consumo real e demanda contratada, evitando surpresas na conta de energia. 

Além disso, empresas que têm um planejamento energético estruturado podem otimizar seu consumo para melhor aproveitar a tarifa binômia, garantindo eficiência operacional. Como a demanda contratada é fixa, o consumidor pode ajustar seus processos para manter o uso dentro dos limites estabelecidos, evitando cobranças adicionais. 

Outro ponto positivo é que esse modelo tarifário incentiva práticas de gestão energética mais inteligentes. Ao monitorar a demanda contratada e otimizar o consumo, as empresas podem melhorar seu planejamento de longo prazo e reduzir desperdícios. 

Desvantagens da tarifa binômia

Apesar das vantagens, a tarifa binômia também apresenta desafios que precisam ser considerados pelas empresas. Um dos principais pontos de atenção é a necessidade de planejamento detalhado do consumo de energia.  

Se a demanda contratada for mal dimensionada, o consumidor pode pagar por uma capacidade que não utiliza completamente ou enfrentar custos adicionais por ultrapassar o limite estabelecido. 

Outro fator a ser levado em conta é a complexidade do modelo tarifário. Empresas que não possuem um acompanhamento especializado podem ter dificuldades em ajustar sua operação para otimizar os custos.  

Além disso, a cobrança separada da demanda de potência pode ser um custo fixo elevado para empresas com consumo variável ao longo do tempo. 

Tarifa binômia e mercado livre de energia

Embora a tarifa binômia seja um modelo aplicado ao mercado regulado, muitas empresas de médio e grande porte avaliam a possibilidade de migrar para o mercado livre de energia varejista ou atacadista, onde a precificação da eletricidade funciona de maneira diferente.  

No mercado livre, o custo da energia não segue a divisão entre demanda contratada e consumo variável. Em vez disso, os consumidores negociam contratos diretamente com fornecedores, garantindo preços mais competitivos e previsibilidade financeira. 

Uma das principais diferenças entre eles está na flexibilidade. Enquanto a tarifa binômia exige um planejamento rigoroso da demanda contratada, no mercado livre, os consumidores podem ajustar seus contratos de fornecimento conforme as necessidades do negócio, reduzindo o impacto de oscilações no consumo. 

A EDP é uma parceira estratégica para empresas que desejam analisar sua viabilidade no mercado livre de energia. Com suporte especializado, a empresa auxilia na negociação de contratos, na adaptação ao novo modelo de consumo e na otimização dos custos energéticos. 

Por isso, compreender os diferentes modelos tarifários, é primordial para que as empresas tomem decisões estratégicas na gestão de energia e para empresas que buscam mais flexibilidade na gestão de custos com energia, o mercado livre é uma ótima alternativa.  

Nesse ambiente, a negociação direta com fornecedores permite maior previsibilidade financeira e economia a longo prazo. 

Se sua empresa deseja otimizar seus custos e explorar novas possibilidades no setor elétrico, a EDP pode ajudar. Acesse o simulador de economia da EDP e descubra como reduzir suas despesas com energia. 

Artigos relacionados

Autor do artigo

Foto do autor

Marcelo Garisto

Este conteúdo foi produzido por Marcelo Garisto .

Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista, Marcelo Garisto tem pós-graduação em Marketing e Banking pela FGV-SP e em Marketing Internacional pela Universidade de EUA/Florida Central e da Universidad de las Américas, do Chile. É Gestor Executivo das áreas de Comercialização Energia Varejista e de Gestão de Serviços Energéticos. Marcelo Garisto discorrerá em seus artigos sobre temas relacionados com o Mercado Livre. 

Conecte-se com Marcelo Garisto.

Artigos mais recentes