Condomínio solar: o que é, como funciona e quais os benefícios?

O condomínio solar tem ganhado cada vez mais espaço entre os sistemas de geração de energia renovável e é uma excelente maneira de gerar e consumir energia de maneira sustentável.

Continue conosco para entender o que é o condomínio solar no contexto da geração distribuída, como ele funciona e quais as vantagens para a sua empresa.

Para entender o que é o condomínio solar, primeiro é necessário conhecer o sistema de geração distribuída de energia (GD), que possibilita a geração de energia pelos próprios consumidores, por meio de micro ou minigeradores que utilizam fontes de energia renováveis, como a energia solar.

Esse tipo de geração de energia teve início em 2012, com a Resolução Normativa nº 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), e é uma alternativa ao sistema de geração centralizada (GC), no qual as concessionárias e distribuidoras controlam e revendem a energia produzida nas usinas de geração.

Com isso, também foi criado o sistema de compensação de energia (SCEE), no qual a energia gerada nos sistemas de micro e minigeração são injetados primeiramente nas distribuidoras e depois enviadas ao imóvel gerador. 

O excedente de energia, então, é transformado em créditos de energia, que compensam a energia que o imóvel precisa usar advindo da rede centralizada quando os micro ou minigeradores não produzirem o suficiente.

A partir de então, as disposições sobre o sistema distribuído tiveram várias mudanças, por meio de novas normativas em 2015 e 2017, e, em 2022, a Lei nº 14.300 instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS).

De modo geral, a lei trata de diversas questões relacionadas a esse sistema, como:

• Autoconsumo local
• Autoconsumo remoto
• Consórcio de consumidores de energia elétrica
• Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
• Consumidor-gerador
• Crédito de energia elétrica
• Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras
• Excedente de energia elétrica
• Fontes despacháveis
• Microgeração distribuída
• Microrrede
• Minigeração distribuída
• Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE)
• Geração compartilhada

Focando este último tópico, a geração compartilhada é um sistema introduzido na Resolução Normativa nº 687, de 2015, no qual pessoas e empresas podem se reunir para instalar um gerador central único para produzir energia que será injetada nas redes locais e distribuída aos participantes por meio de créditos.

E é graças ao sistema de geração compartilhada, à compensação de créditos e à geração distribuída que os condomínios solares são possíveis hoje no Brasil.

O condomínio solar, ou fazenda solar, é uma grande instalação de geração de energia solar fotovoltaica para a produção de eletricidade que será convertida em créditos para o uso em imóveis de uma mesma localidade. 

É uma espécie de usina solar em menor escala, com a instalação de painéis solares cuja potência instalada pode ser de até 5 megawatts (MW), e que pode ser construída por meio de consórcios de empresas ou cooperativas de pessoas físicas.

É importante ressaltar que essa instalação não pode ser feita no mesmo local onde a energia será consumida, ou seja, não funciona como as instalações de painéis solares em imóveis e terrenos próprios.

A energia solar é uma das mais importantes da matriz energética brasileira, e por ser uma fonte limpa e renovável, traz diversos benefícios para o meio ambiente, já que não emite poluentes como os gases do efeito estufa (GEE).

Mas além de ser uma opção ambientalmente mais responsável, ainda traz muitas vantagens para seus usuários, tornando o consumo de energia muito mais sustentável. 

Veja os principais benefícios:

• redução de custos com energia: é possível alcançar uma economia de até 95% nas contas de energia elétrica;
• geração remota: não é preciso ter espaço no próprio local de consumo para a instalação dos painéis fotovoltaicos;
• menores custos de instalação: a instalação em maior escala torna seu custo por Watt instalado mais baixo;
• condições melhores de localização: o local de instalação pode ser escolhido estrategicamente, já que não precisa ser no local de consumo;
• possibilidade de menor investimento inicial: é possível alugar painéis solares para constituir um condomínio solar, zerando os custos iniciais de instalação.

Além da diminuição significativa com os custos de energia, as empresas ainda podem usufruir de outras grandes vantagens com o condomínio solar:

• energia solar própria com investimento compartilhado;
• desenvolvimento econômico sustentável do negócio;
• melhora da imagem perante consumidores e mercado atual;
• maior competitividade;
• benefícios tributários por boa gestão ambiental.

Como você viu, o condomínio solar é uma excelente opção para reduzir custos com energia e ainda investir em uma fonte renovável. Por ser um sistema de geração distribuída e compartilhada, os investimentos iniciais são menores e as vantagens para o meio ambiente e o negócio são inúmeras.

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