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O crescimento do mercado digital tem aumentado significativamente a demanda por data centers, estruturas essenciais para o armazenamento e processamento de dados utilizados por empresas de diversos setores.
Devido a esse aumento, o consumo energético vira um desafio e a busca por soluções eficientes leva à integração de fontes de energia renovável como uma alternativa viável para atender à demanda energética de forma mais sustentável e econômica.
Neste artigo, exploramos como os data centers podem se beneficiar do uso de energias renováveis, os desafios envolvidos na implementação e as principais tendências do setor.
O mercado de data centers está em constante expansão, impulsionado pela digitalização de serviços, pelo aumento do uso de dispositivos conectados e pela crescente demanda por armazenamento em nuvem.
Esse cenário, embora positivo para a economia digital, traz desafios relacionados ao consumo de energia.
Conforme o International Energy Agency (IEA), os data centers consomem cerca de 1% a 1,5% de toda a eletricidade global, um número que tende a crescer com a digitalização em massa.
Essa alta demanda energética aumenta os custos operacionais e pressiona as empresas a buscarem soluções mais eficientes.
Por isso, a transição para energias limpas oferece benefícios financeiros e ambientais. Fontes como solar e eólica têm custos de geração cada vez mais competitivos, proporcionando economias de longo prazo.
Além disso, as empresas que adotam essas práticas conseguem se alinhar a regulamentações ambientais e atender às exigências de stakeholders, consolidando sua reputação no mercado.
Outro ponto relevante é a previsibilidade de custos. Ao firmar contratos de longo prazo para o fornecimento de energia renovável, como os Power Purchase Agreements (PPAs), os operadores de data centers conseguem reduzir a volatilidade associada às tarifas de energia convencionais.
Esse controle financeiro é essencial para garantir a competitividade em um setor tão dinâmico.
O uso de fontes renováveis em data centers proporciona diversas vantagens além da redução de custos. A integração de energias renováveis, reduz as perdas associadas ao fornecimento convencional e melhora a eficiência operacional.
Tecnologias complementares, como sistemas de armazenamento de energia, garantem a estabilidade do fornecimento mesmo durante oscilações de geração, aumentando a confiabilidade das operações.
Demonstrar compromisso com iniciativas inovadoras e responsáveis atrai investidores e parceiros que valorizam ações voltadas para a eficiência e a modernização.
Outro benefício significativo está na previsibilidade de custos. Contratos de fornecimento de longo prazo, como os Power Purchase Agreements (PPAs), permitem maior controle financeiro, eliminando a dependência de tarifas voláteis do mercado convencional. Isso proporciona às empresas, mais segurança para planejar e investir.
Entre os principais pontos de destaque estão:
Eficiência operacional;
Competitividade ampliada;
Previsibilidade de custos;
Reforço da imagem corporativa.
Portanto, a adoção de energias renováveis contribui para uma percepção positiva da marca, ajudando empresas a se destacam em um cenário competitivo.
Embora o uso de energias renováveis em data centers traga benefícios significativos, sua implementação ainda enfrenta obstáculos que precisam ser cuidadosamente planejados e gerenciados.
Um dos principais desafios está nos custos iniciais elevados. A instalação de sistemas renováveis, como painéis solares ou turbinas eólicas, exige investimentos significativos.
Apesar da economia gerada no longo prazo, esses custos podem ser um impeditivo para empresas que operam com margens financeiras limitadas.
Outro ponto crítico é a infraestrutura técnica necessária para integrar fontes renováveis. Data centers dependem de redes de suporte robustas e adaptáveis para garantir a continuidade do fornecimento energético, especialmente em períodos de baixa geração, como dias nublados ou sem vento.
A adoção de sistemas de armazenamento avançados pode minimizar esses impactos, mas demanda mais recursos financeiros e tecnológicos.
A capacitação especializada também se apresenta como um desafio relevante. Modernizar data centers para o uso de energias renováveis exige profissionais qualificados, capazes de gerenciar sistemas híbridos e implementar tecnologias de ponta.
Esse fator demanda investimentos em treinamentos e, em muitos casos, a contratação de especialistas externos.
Além disso, as questões regulatórias e de incentivos variam significativamente entre regiões, dificultando a implementação de projetos renováveis.
Em alguns locais, a ausência de incentivos fiscais ou a complexidade das regulamentações pode aumentar os custos e o tempo necessário para viabilizar iniciativas.
Um desafio extra que vem ganhando relevância é a gestão do lixo eletrônico gerado pelos data centers. Conforme o relatório “The Global E-waste Monitor 2020” da ONU, o mundo produziu 53,6 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico em 2019, com apenas 17,4% coletados e reciclados oficialmente. Esse número deve crescer para 74 milhões de toneladas até 2030.
Equipamentos descartados por data centers contêm substâncias tóxicas, como mercúrio, que representam riscos ao meio ambiente e à saúde pública, além de desperdiçar materiais valiosos como ouro, prata e cobre.
A modernização frequente de equipamentos para melhorar a eficiência energética agrava esse problema, criando a necessidade de estratégias eficazes de descarte e reaproveitamento.
Empresas que lidam com resíduos eletrônicos devem garantir que seus fornecedores possuam certificações adequadas para evitar impactos ambientais negativos.
Soluções como reciclagem, recondicionamento de componentes e revenda no mercado secundário podem minimizar o impacto ambiental e aumentar a eficiência do uso de recursos.
Em um mundo cada vez mais atento à necessidade de práticas sustentáveis, os data centers enfrentam pressões crescentes para operar com base em fontes renováveis de energia.
Grandes empresas de tecnologia, como Google, Microsoft e Amazon, têm liderado iniciativas para neutralidade de carbono, utilizando energia verde em suas operações globais.
Em dezembro de 2024, o Google anunciou uma parceria para a construção de parques industriais com gigawatts de capacidade de data center nos Estados Unidos, co-localizados com novas usinas de energia limpa para abastecê-los.
Esse movimento demonstra o compromisso da empresa em reduzir a pegada de carbono e a inovação para atender à crescente demanda de seus serviços.
No Brasil, a Microsoft também anunciou um investimento significativo de R$ 14,7 bilhões ao longo de três anos, focado em infraestrutura de nuvem e inteligência artificial. Parte desse valor será destinado a projetos de energia renovável para data centers, reforçando a necessidade de aliar tecnologia e eficiência energética.
A participação de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira é um dos fatores que posiciona o país como um dos mais bem preparados para atender a essa demanda.
Em 2023, cerca de 90% da matriz energética brasileira foi composta por fontes limpas. Esse contexto oferece oportunidades únicas para a implantação de projetos de geração renovável voltados para data centers.
Além disso, o Brasil conta com um arcabouço jurídico e regulatório consolidado que incentiva a celebração de contratos de compra de energia com escolha do supridor e do tipo de energia.
Entre os modelos mais utilizados está o de autoprodução, que isenta as empresas de diversos encargos setoriais, aumenta a viabilidade econômica dos projetos e permite a associação de investidores para atender à demanda de data centers.
Entretanto, desafios como a conexão desses projetos à rede elétrica e a regularização fundiária precisam ser superados.
Questões relacionadas à aquisição de terrenos e ao aprimoramento da infraestrutura de transmissão e distribuição são pontos que demandam soluções colaborativas entre os setores público e privado.
De olho nesse potencial, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Aneel têm discutido medidas para aumentar a eficiência na alocação de custos de conexão e incentivar investimentos em infraestrutura. Entre as propostas estão prazos para reservas de capacidade e a inclusão de garantias financeiras que assegurem a viabilidade dos projetos.
A integração de energias renováveis em data centers é uma tendência irreversível que combina eficiência, sustentabilidade e competitividade.
Embora existam desafios, as soluções tecnológicas e estratégicas disponíveis tornam esse processo cada vez mais acessível e viável.
Empresas que adotam essas energias em suas operações reduzem custos, se alinham a regulamentações ambientais e fortalecem sua posição no mercado, contribuindo para um futuro mais ecologicamente correto.
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Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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