A energia cinética reaproveitada está mudando forma como olhamos para sustentabilidade. Atualmente, ela é tida como uma inovação que visa transformar a maneira como geramos e utilizamos energia, focada nas estratégias de sustentabilidade do futuro.
Em vista disso, acompanhe este conteúdo até o final e descubra como essa forma de energia vem sendo explorada. Saiba como a energia cinética pode ser aplicada a novos sistemas energéticos de reaproveitamento e como isso tende a impactar positivamente o cenário atual das energias renováveis.
Energia cinética é a energia que um objeto despende devido ao seu movimento. Basicamente, quanto mais rápido um corpo se move, maior é sua energia liberada neste processo. No contexto dos sistemas energéticos renováveis, essa energia pode ser aproveitada para gerar eletricidade conforme é convertida.
Por exemplo, a geração de energia eólica, o sistema de energia maremotriz e até mesmo hidrelétricas, usam o princípio de movimento na geração de energia. Mas, e se aproveitarmos outros sistemas, como o movimento de veículos ou os passos das pessoas em uma rua para gerar energia, isso seria possível?
Sim, essa forma de reaproveitamento de energia é possível e já vem sendo amplamente estudada. Alguns projetos demonstram resultados cativantes. Hoje, essa tecnologia de reaproveitamento energético baseado em movimento está sendo utilizada na frenagem de carros elétricos. O sistema de conversão consegue alimentar baterias de veículos que adotam esse modelo.
Ao aplicar os princípios da cinética em ideias inovadoras com esse objetivo, ampliamos o quadro de soluções sustentáveis. Essa abordagem não só amplia as opções de fontes de energia sustentáveis, mas também contribui significativamente para a redução das emissões de gases poluentes e decresce o uso dos recursos naturais.
A energia cinética pode transformar a maneira como geramos e utilizamos energia. Ao capturar a energia do movimento gerado em diversos sistemas, podemos reduzir a dependência de fontes não renováveis. Tecnologias que aproveitam essa energia estão saindo do papel aos poucos, e oferecendo novas possibilidades para um futuro mais sustentável.
Assim, sistemas de recuperação de energia em veículos e edifícios estão mostrando como essa energia pode ser convertida em eletricidade útil. Essa inovação não apenas melhora a eficiência energética atual, mas também tende a reduzir os impactos ambientais associados à geração de energia que enfrentamos atualmente com hidrelétricas e termelétricas.
Além disso, a energia reaproveitada pode ser armazenada e utilizada mais tarde. Armazenar energia gerada por movimento em sistemas específicos pode equilibrar a oferta e a demanda, permitindo uma integração mais eficiente de fontes renováveis na matriz energética.
O setor automobilístico é um dos que mais se destacam pela recuperação de energia neste modelo. Sistemas de freios regenerativos convertem a frenagem em eletricidade, armazenada na bateria e reutilizada pelo motor, possibilitando maior autonomia ao veículo.
Esse tipo de tecnologia não só reduz o consumo de combustível, mas também diminui as emissões de gases poluentes. Com a crescente demanda por veículos mais eficientes e sustentáveis, a recuperação de energia cinética em automóveis está se tornando uma característica essencial nos carros modernos.
Desta forma, podemos observar que a indústria do setor já se mobiliza para que esse sistema de reaproveitamento se torne uma realidade palpável e uma obrigação das montadoras em disponibilizar essa tecnologia em todos os veículos, leves e pesados, até o final desta década.
Outro setor importante que está explorando essa ideia é o da construção civil. Tecnologias que capturam o movimento das pessoas conseguem gerar eletricidade em edificações sustentáveis. Vários projetos inovadores estão em andamento para aproveitar a energia gerada pelo movimento de formas surpreendentes neste setor.
O uso de pavimentos que geram energia a partir do tráfego de pedestres e de veículos, vem sendo testado por algumas startups. Esses pavimentos convertedores de movimento em eletricidade, conseguem gerar energia a partir de pequenas mudanças no design urbano.
O armazenamento de energia gravitacional também é uma aplicação inovadora da energia cinética. Esse sistema utiliza a força da gravidade para armazenar energia excedente e liberá-la quando necessário. Ao levantar um peso, a energia é acumulada e, quando o peso é liberado, essa energia é convertida em eletricidade.
Ou seja, esse sistema, impulsionado por força gravitacional, explora as possibilidades inteligentes de reaproveitamento do conceito cinético. Tudo isso, bem orquestrado, permite mais uma solução viável para maximizar outros sistemas existentes de geração de energia.
Além disso, essas baterias específicas podem ser integradas em diversas infraestruturas, como edifícios e redes elétricas convencionais, oferecendo uma forma eficiente e sustentável de armazenamento de energia. Ao aproveitar a gravidade para gerar eletricidade, podemos reduzir a dependência de fontes de energia menos sustentáveis.
A energia a partir do movimento pode desempenhar um papel pilar na descarbonização dos sistemas energéticos. Ao capturar e utilizar a energia gerada pelo movimento, podemos reduzir a necessidade de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Assim, a recuperação de energia em veículos, no sistema de abastecimento de água das cidades, em edifícios, dentre outras soluções, estão na vanguarda deste modelo, e já ajudam a tornar o consumo de energia elétrica menos agressivo ao planeta. Essas inovações reduzem a pegada de carbono e contribui para um ecossistema energético mais seguro.
Ao integrar essas tecnologias em nosso cotidiano, podemos nos tornar menos dependentes de fontes não renováveis. Essa abordagem não só promove a sustentabilidade de forma implícita, mas também oferece oportunidades de um futuro energético saudável para todos.
A implementação de sistemas baseados em reaproveitamento cinético apresenta desafios significativos. Entre eles, a necessidade de tecnologias avançadas para capturar e converter a energia de forma eficiente é um dos principais obstáculos. Além disso, a integração dessas tecnologias em sistemas já existentes pode exigir investimentos substanciais.
Hoje, um modelo promissor, porém que enfrenta grandes desafios, é o da energia maremotriz, que aproveita os movimentos das marés para mover turbinas subaquáticas responsáveis por gerar energia. Os desafios de custo e viabilidade ainda são desafiadores, porém na França, Reino Unido e Canadá, essa forma de tecnóloga já impulsiona cidades.
O desenvolvimento contínuo de tecnologias mais eficientes e acessíveis pode superar grandes desafios. Contudo, o avanço de novas pesquisas e a crescente demanda por soluções sustentáveis precisa se tornar uma parte integral dos objetivos de empresas e do Estado.
A energia cinética de reaproveitamento aplicado na estratégia energética global é promissora. À medida que mais tecnologias são desenvolvidas e implementadas, mais soluções de geração de energia, como as observadas até aqui, deixarão de ser projetos inovadores e passarão a ser realidade em um futuro.
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Diogo Baraban é engenheiro eletricista formado pela Universidade São Judas Tadeu, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Desenvolveu, em sua carreira, experiência em processos produtivos e em vendas técnicas, tendo atuado nos últimos 13 anos no setor de comercialização de energia. Atualmente é membro da diretoria da EDP Smart, respondendo pela gestão dos negócios de Comercialização de Energia (atacado e varejista) e Mobilidade Elétrica. Também é membro da diretoria da EDP Ventures e conselheiro de 2 empresas investidas pela companhia: 77Sol e Fractal. Diogo Baraban escreve sobre Sustentabilidade e Energias Renováveis.
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