Segurança energética: conceito e importância para o cenário mundial

Por muito tempo, o mundo se comprometeu com a meta de proporcionar acesso à energia ao máximo de pessoas e instituições. Hoje em dia, essa luta ainda é um objetivo significativo. No entanto, ficou claro que o acesso não era suficiente e que a estabilidade é tão importante quanto ele. É por isso que a segurança energética se tornou tão relevante para empresas de todos os portes. 

Um relatório recente de diversas instituições, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial, revelou que cerca de 675 milhões de pessoas não têm acesso à energia elétrica atualmente. Dados como esse estimularam ações que visam a melhoria dessas condições e inspiraram a ideia de segurança energética. A seguir, você descobrirá como essa ferramenta está impactando o mundo e como a sua marca pode contribuir com essa causa. 

Se você está se perguntando o que é segurança energética, aí vai a resposta: trata-se da capacidade de uma região de proporcionar acesso estável, constante e contínuo para a população ou setores que precisam de uma demanda específica. A ininterruptibilidade é o grande diferencial da segurança energética, pois permite um crescimento muito mais eficiente de uma comunidade. 

Além do desenvolvimento sustentável e do fornecimento de energia elétrica, a segurança energética também envolve temas como a disponibilidade de recursos energéticos para infraestrutura, capacidade de produção, diversificação de fontes e resiliência contra elementos externos. 

Basicamente, é preciso garantir que as pessoas poderão contar com fontes renováveis eficientes mesmo em condições climáticas adversas ou aumento na utilização local. É claro que não é possível eliminar as oscilações nesse fornecimento, mas a meta da segurança energética é oferecer uma condição mínima de estabilidade e focar na melhoria constante. 

A busca por condições mais igualitárias tem sido uma enorme preocupação da comunidade mundial. Em diversos países, o acesso à energia ainda é um desafio, dado que é realmente necessário pensar em estruturas mais complexas para que essa necessidade seja atendida. Cada vez mais é cobrado um posicionamento de marcas a respeito desse tema. 

Foi pensando nisso que, em setembro de 2015, as Nações Unidas adotaram oficialmente os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Por meio dessas metas, a expectativa é unificar os esforços de instituições, pessoas, organizações e empresas para que os caminhos certos sejam traçados. 

A segurança energética cumpre um papel importantíssimo nessa jornada, assumindo o sétimo lugar entre as ODS e dividindo espaço com tópicos como acesso à água potável e alimentação. 

Além disso, a descarbonização também é validada a partir desse esforço, já que ela é condizente com o movimento de limpeza das emissões de gases poluentes por meios alternativos de captação energética. 

Com a globalização e a digitalização em alta, se torna cada vez mais essencial entender que a energia está muito longe de ser um luxo: ela é uma necessidade básica. Para que as pessoas tenham acesso a informações e possam estudar, trabalhar e aprender, é crucial que elas tenham eletricidade de qualidade em suas casas. 

Além disso, pensar no conceito de segurança energética também é um pacto sustentável entre as empresas e o nosso planeta, pois evita que formas de consumo mais poluentes sejam utilizadas e criem uma pegada maior de carbono. Para que o uso de veículos elétricos em questões logísticas possa ser amplificado, por exemplo, é preciso também pensar em como as companhias vão poder acessar fontes limpas e estáveis. 

Existem dezenas de estratégias que podem contribuir com o aumento da segurança energética no mundo. Muitas delas são acessíveis, simples, alinhadas aos pilares da sustentabilidade e extremamente funcionais, mas dependem da consciência das empresas para serem colocadas em prática. 

Confira algumas das alternativas para proporcionar a segurança energética no mundo todo. 

Por muito tempo, acreditou-se que investir em uma fonte de energia específica era uma maneira de torná-la mais firme. Hoje, já ficou claro que essa não é a melhor estratégia, já que, se por algum motivo essa fonte for interrompida, milhões de pessoas podem ficar sem acesso à eletricidade. 

A solução que muitas instituições têm adotado é a ampliação do catálogo de fontes de energia, sempre com prioridade aos formatos limpos e sustentáveis, tais como o solar, o hidroelétrico, o eólico e o geotérmico. 

Além de ser muito mais eficiente, isso também é econômico, pois impede que comprometimentos no fluxo energético causem perdas para indústrias, comércios e espaços de maneira geral. 

Para que a eficiência energética seja alcançada e a eletricidade chegue na sua empresa com estabilidade e consistência, existe uma estrutura complexa que inclui redes de transmissão, oleodutos, gasodutos e portos.  

Em locais de difícil acesso, tanto a construção dessas infraestruturas quanto a logística de entrega de matérias-primas energéticas pode ser um desafio. É por isso que esse tema exige um cuidado especial quando o assunto é segurança energética. 

Uma boa solução está em buscar investir, enquanto empresa, em estradas, no estímulo a projetos científicos que barateiam e facilitam construções de estruturas de captação energética e, por fim, na valorização e reconstrução de locais que poderiam estar oferecendo serviços mais eficientes. 

Fatores como guerras, crises financeiras e problemas sociais são alguns dos elementos mais prejudiciais ao conceito de segurança energética. Afinal, trata-se de uma pauta que exige diversos trâmites internacionais e que tende a ser impactada por mudanças bruscas no mercado. 

É fato que muitos desses problemas estão além do controle da maior parte das empresas. No entanto, existem diversas soluções que podem ser implementadas para amenizar os efeitos dessas oscilações. 

Uma delas é a parceria entre diversas nações, assegurando condições mais promissoras de comercialização, mesmo em tempos desafiadores, em prol da segurança energética. 

Outra alternativa é o apoio a projetos que visam fortalecer a autossuficiência energética interna, reduzindo custos de exportação e reforçando o potencial nacional de produção. 

Quanto mais energia é armazenada, menor é o risco dela chegar a faltar. Uma das principais metas da segurança energética é o desenvolvimento de tecnologias que consigam, de forma sustentável e prática, ter um estoque e suavizar flutuações na oferta e demanda.  

Opções como as baterias já estão sendo utilizadas para esse propósito, garantindo um sistema mais resistente a qualquer situação inesperada e proporcionando condições dignas para milhares de pessoas. Se você já investe em energia solar na sua empresa, essa pode ser uma boa opção para o seu caso. 

Cada vez mais, os governos precisam se posicionar em relação ao estabelecimento de políticas e estratégias que visam a segurança energética. Muitas delas já estão sendo implementadas, tal como o Mercado Livre de Energia e a alternativa de produção doméstica (que também se aplica a pequenos negócios). 

Para que isso funcione, é preciso ficar de olho na ciência e na tecnologia, dado que propostas promissoras estão surgindo quase que diariamente no ramo e estão trazendo soluções excelentes para a causa. 

Quando algo interrompe o fornecimento de energia de uma região, cada segundo conta. Em momentos críticos como esse, a existência de planos eficientes de contenção de danos e de resoluções ágeis é essencial. 

Ter estratégias bem definidas, claras e acessíveis acerca de como lidar com desastres naturais, ataques cibernéticos ou conflitos de qualquer gênero é um compromisso que as empresas devem ter com os consumidores. 

Um dos pontos com maior potencial de contribuição ao conceito de segurança energética é, com certeza, a chegada do Mercado Livre de Energia no Brasil. A partir de 2024, boa parte das empresas poderão escolher quais fornecedores vão utilizar, assim como é feito nos sistemas de telefonia atualmente. Esse movimento integrará uma corrente que visa a adoção de fontes de energia mais limpas, que é conhecida como transição energética e já vem acontecendo em diversos países. 

Por isso, com a energia renovável em alta e com o Mercado Livre de Energia confirmado, recomenda-se que você já comece a pesquisar e pensar em qual será a sua escolha. Afinal, trata-se de um compromisso com a segurança energética no Brasil e com toda uma cadeia de colaboração. 

Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostraram que, até 2019, cerca de 141 mil domicílios brasileiros não tinham acesso à energia. Números como esse evidenciam uma situação preocupante no país. 

Questões como a desigualdade social acabam gerando um aumento dessa taxa, dado que os lugares que mais sofrem tendem a ser os mais afastados, onde reside uma boa parte da população de baixa renda. 

No entanto, existem motivos para comemorar: o Novo PAC da Transição e Segurança Energética surgiu como uma resposta à crescente demanda de soluções mais objetivas e práticas acerca do fornecimento de energia elétrica no país. 

Entre as propostas, a que mais se destaca é que prevê que 80% do acréscimo na capacidade de geração de energia elétrica serão provenientes de fontes de energias renováveis. Isso é animador, dado que a média mundial é de 38%. 

Além disso, os ecocombustíveis também terão um investimento significativo, bem como a priorização de projetos que gerem empregos verdes e o impulsionamento da industrialização a partir da bioeconomia. 

Agora que você já se informou sobre a segurança energética e conhece a realidade e as expectativas para o país, é hora de fazer a sua parte. A chegada do Mercado Livre de Energia para empresas veio como uma solução para esse problema, e é preciso aproveitar as oportunidades. 

A EDP Brasil é uma referência em segurança energética no Brasil e no mundo, tendo diversas iniciativas que priorizam essa causa e que incentivam uma eletricidade mais sustentável, acessível e estável. Vale a pena acessar o site e conferir algumas das novidades trazidas pela companhia.  

Sugere-se começar pela matéria “Saiba tudo sobre a pegada de carbono”, que explora os impactos, as causas e, principalmente, as alternativas de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera. Boa leitura!