O sistema de compensação de energia elétrica oferece uma ótima oportunidade para as empresas reduzirem custos. Acesse o conteúdo e entenda seu funcionamento!
Gerar energia própria apresenta múltiplos benefícios para as empresas. A partir do momento em que as organizações produzem sua própria energia utilizando fontes renováveis, como a energia solar, elas podem economizar em suas tarifas de energia. O excedente de energia produzida pode, inclusive, se transformar em um lucro adicional para a empresa. Isso se torna possível graças ao sistema de compensação de energia elétrica, que desempenha um papel crucial na concessão de créditos
Mas como funciona esse sistema de compensação de energia elétrica? Continue lendo o conteúdo que preparamos especialmente para você e descubra como ele opera, quais são suas vantagens e como escolher a opção ideal para sua empresa.
Conforme definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o sistema de compensação de energia elétrica (SCEE) refere-se a um modelo em que a energia ativa é injetada por uma unidade consumidora que possui microgeração ou minigeração distribuída na rede da distribuidora local.
Essa energia é cedida de forma gratuita e, posteriormente, compensada com o consumo de energia elétrica ativa da unidade consumidora ou contabilizada como crédito de energia.
Baseia-se na integração entre os dois sistemas. Ou seja, o sistema de energia solar envia todo o excedente de energia produzida para o sistema convencional e, em contrapartida, a concessionária oferece créditos ao proprietário do sistema, aplicados na forma de descontos na conta de luz.
Veja, a seguir, como o sistema de compensação de energia elétrica pode funcionar, na prática:
Imagine o contexto de empresas multinacionais: durante o dia, os painéis solares estão gerando energia e a organização está utilizando essa energia para alimentar todos os desktops dos colaboradores, micro-ondas, geladeiras, ar-condicionado e diversos equipamentos que fazem parte da infraestrutura de uma empresa de grande porte.
Toda a energia gerada pelos painéis vai alimentar a rede elétrica e suprir, primeiramente, as necessidades das cargas da organização que estão ligadas naquele momento.
Se a energia gerada pela organização é superior à energia que a empresa está precisando, o excedente é injetado na rede elétrica.
Por outro lado, se naquele momento as cargas necessitarem de mais energia do que o sistema fotovoltaico está gerando, a quantidade faltante de energia será suprida pela rede elétrica da concessionária. Ou seja, os sistemas fotovoltaicos funcionam paralelamente com a rede elétrica.
Para que o proprietário de uma usina solar consiga gerar sua própria energia, é preciso que ele substitua o medidor unidirecional por um medidor bidirecional.
A troca é extremamente necessária, uma vez que o medidor unidirecional possui a finalidade de registrar a quantidade de energia em quilowatt-hora (kWh) da concessionária que foi consumida.
Enquanto isso, o medidor bidirecional tem a finalidade de registrar a quantidade de energia em kWh consumida e a quantidade de energia injetada na rede da concessionária.
A concessionária possui a responsabilidade de efetuar a substituição do medidor após a mesma ser solicitada na homologação do projeto. É importante ressaltar que não há nenhuma cobrança de taxa para a realização da substituição do relógio de luz.
O valor a ser pago leva em consideração a relação entre a energia injetada na rede e a energia consumida.
Vale pontuar que existe um custo de disponibilidade, tendo em conta as taxas mínimas que a entrega cobra para manter a sua estrutura de distribuição de energia. Afinal, o sistema está conectado à rede do distribuidor.
O cálculo da conta de energia das empresas se dá pelo resultado do consumo menos energia injetada na rede menos créditos de meses anteriores (se houver) multiplicado pela taxa da tarifa.
Se, ao final do mês, a organização gerou mais energia do que consumiu, ela passou a ter um crédito em quantidade de energia ativa a ser consumida por um prazo de até 60 meses.
Quando há mais consumo do que produção de energia, a empresa apenas realiza o pagamento da diferença entre o que foi consumido e o que foi injetado.
Outra dúvida comum que surge em relação ao sistema de compensação de energia elétrica é, no caso da energia solar, sobre os períodos noturnos, quando não ocorre a produção de energia solar.
Nos momentos em que uma empresa não está gerando energia elétrica, ela irá consumir a energia da rede elétrica, da mesma forma que faz quando ainda produz sua energia. Dessa forma, a energia consumida à noite será compensada pela energia extra que o sistema fotovoltaico da empresa injetou na rede.
Agora que você sabe como funciona o sistema de compensação de energia elétrica, confira as vantagens que o sistema oferece para a sua empresa:
O sistema de compensação de energia elétrica oferece diversos benefícios para as empresas que optam por gerar sua própria eletricidade a partir de fontes renováveis. Veja os principais:
De acordo com estudos realizados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a redução de gastos nas tarifas de luz pode chegar a 95% ao se utilizar a energia solar.
Esse dado adquire uma relevância ainda maior quando consideramos informações da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que apontam que a conta de luz pode chegar a representar mais de 40% dos custos de produção em uma indústria.
Diante desse cenário, é notável a importância do sistema de compensação de energia elétrica, que possibilita às empresas consumirem a energia que produzem, gerando uma redução significativa nos custos com a conta de luz. Vale pontuar que no caso de imóveis que geram energia a mais, a economia é ainda maior.
Para as empresas, esse sistema proporciona uma forma de maximizar o retorno sobre o investimento em instalações de geração de energia. Elas podem usar seus créditos em diferentes imóveis, desde que estejam sob a mesma titularidade e dentro da área de atuação da mesma distribuidora.
Além disso, a EDP, líder global em energia elétrica, conta com usinas solares prontas para transmitir energia para a sua empresa. Dessa forma, não é necessário que a empresa invista na construção de uma usina solar, pois a EDP faz isso por ela.
Além disso, ao declarar o imposto de renda, o contribuinte pode incluir o investimento em energia fotovoltaica em benfeitorias no imóvel.
Ao gerar sua própria energia a partir de fontes limpas renováveis, como a solar fotovoltaica, a empresa contribui diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e da pegada de carbono.
Isso não é apenas benéfico para o meio ambiente, como também ajuda a empresa a se alinhar com as crescentes demandas do mercado e dos consumidores por práticas sustentáveis e de responsabilidade socioambiental.
A independência energética é outra vantagem significativa. Ao produzir a própria energia, a empresa reduz sua dependência da rede elétrica convencional, o que pode resultar em economia financeira a longo prazo e maior previsibilidade nos custos de energia, adquirindo mais eficiência energética.
Além disso, em momentos de instabilidade na rede elétrica ou de aumento nas tarifas, uma empresa que possui seu próprio sistema de geração de energia pode continuar operando normalmente, sem interrupções ou custos adicionais.
Como a compensação de créditos de energia solar é realizada a partir de kWh e não de reais, o usuário fica protegido contra eventuais aumentos por conta da inflação.
Decidir qual sistema de geração de energia renovável atende melhor às suas necessidades requer atenção cuidadosa. Por isso, a EDP separou algumas dicas valiosas para ajudá-lo a fazer uma escolha certa:
Avalie suas necessidades energéticas: antes de decidir sobre um sistema de compensação de energia, é essencial avaliar o consumo de energia de sua empresa. Isso envolve uma observação atenta do padrão de consumo ao longo do dia e das diferentes estações do ano, incluindo identificar qual o melhor horário para economizar energia;
Considere o espaço disponível: o espaço disponível para instalação do sistema é um fator crucial. Os painéis solares, por exemplo, exigem uma área significativa de exposição ao sol;
Considere a eficiência: os painéis solares são uma opção popular para muitos consumidores devido à sua eficiência e facilidade de instalação. Eles podem ser montados no telhado ou no solo e muitos sistemas são específicos para se integrarem à estética da casa ou do prédio;
Considere o custo e o retorno do investimento: o custo de instalação e manutenção do sistema deve ser comparado ao potencial de economia na conta de luz. Os painéis solares têm custos iniciais mais elevados, mas geralmente oferecem um retorno do investimento mais rápido devido aos créditos de compensação de energia e incentivos fiscais em muitas regiões.
Ao escolher um sistema de compensação de energia, é fundamental considerar suas necessidades específicas, o espaço disponível, a eficiência do sistema, o custo e o retorno do investimento.
A EDP é líder de mercado, sendo a parceira ideal da sua empresa na busca por tornar o seu negócio ainda mais sustentável. Não deixe de acessar o conteúdo Como calcular o consumo de energia elétrica da sua empresa? e descobrir como reduzir o consumo de energia da sua empresa. Ótima leitura!
Verena Greco é Gerente Operacional na EDP Brasil. Ela é graduada em Engenharia de Energia pela PUC Minas e em Engenharia de Energia Renovável pela Hochschule Schmalkalden – University of Applied Sciences e tem MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec. Verena Greco escreve sobre Energia Solar.
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