Comercializadora varejista eleva em 23% número de clientes de janeiro a abril
Há mais de dez anos na EDP Brasil, tendo trabalhado em várias posições na área de comercialização de energia como gestão de clientes, negociação de compra e venda de contratos e gerência executiva, Diogo Franzon Baraban assumiu a diretoria da empresa em março. Sua missão será ampliar as soluções integradas de energia para clientes de todos os portes e setores como foco em: mercado livre, mobilidade elétrica e energia solar. Nessa entrevista, o executivo fala das oportunidades que poderão ser criadas para os clientes.
O mercado e o governo discutem a abertura total do mercado livre, ou seja, a liberdade de escolher fornecedor poderia ser de todos os consumidores do Brasil. Esse movimento parece irreversível. Isso implicará que até residências poderão ser consumidores livres. Cargas menores estarão aptas a ingressar no ambiente de livre comercialização. Isso implicará criar ainda mais facilidades e processos mais simples para que esses novos entrantes possam usufruir da economia que o mercado livre oferece. Estamos investindo em digitalização, em simplificar a experiência dos clientes e em ampliar nosso portfólio de produtos com soluções completas para que ele tenha todas as opções à mão.
Somos líderes, temos 40% desse mercado. De janeiro a abril temos tido uma alta de 23% no número de clientes atendidos por essa solução, que por exemplo faz com que o interessado não tenha de se cadastrar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ao ingressar na nossa comercializadora varejista, a gestão dos contratos, obrigações e deveres na CCEE, preços e condições comerciais no mercado livre ficam sob nossa responsabilidade, isso proporciona maior flexibilidade para o cliente e permite que ele possa focar no negócio dele. Como temos visto empresas privadas com cargas menores interessadas no mercado livre, como também empresas públicas, a comercialização varejista se torna uma opção importante sobre esse contexto de uma abertura mais ampla.
O mercado de autoprodução está chegando à maturidade, os clientes estão querendo participar da produção de sua própria energia por um conjunto de benefícios: segurança no suprimento, benefícios de encargos, ficar isento da cobrança de bandeiras tarifárias, ter mais previsibilidade nos gastos com energia e, principalmente, pela agenda ESG, por poder investir em energia limpa e sem impactos para o meio ambiente.
Esse é um negócio ainda em fase diferente de maturidade no Brasil das outras áreas. Estamos em um processo de definição das estratégias que iremos focar, mas já se veem sinais promissores: algumas prefeituras e estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste já trabalham com editais para eletrificação de sua frota de ônibus. Isso aponta que a mobilidade elétrica já está na preocupação dos gestores públicos.