Aquecimento Global: o que é, causas e consequências

Como consequência do aquecimento global, as temperaturas na Terra estão aumentando. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a poluição podem trazer efeitos irreversíveis.

Data de publicação: 06/10/2023

Desde o início dos tempos, o clima do planeta está sempre enfrentando mudanças. Sejam eras glaciais com invernos rigorosos ou épocas de calor extremo, os ciclos de temperatura da Terra foram essenciais para a formação da vida humana.

No entanto, nos últimos 300 anos, estão sendo registradas mudanças climáticas significativas nunca antes observadas. As temperaturas estão subindo em uma velocidade alarmante e trazendo consequências que podem pôr em risco a sobrevivência de diversas espécies, inclusive a humana. A esse processo de elevação da temperatura dá-se o nome de aquecimento global.

Apesar de ser um assunto que ganha cada vez mais espaço nas discussões sobre energia, produção de alimentos, moradia e segurança, por exemplo, o aquecimento global ainda é motivo de diversas dúvidas e preocupações.

Contudo, entender como e por que ele está acontecendo é um passo essencial para tomarmos decisões conscientes que visam desacelerar ou mesmo remediar os efeitos catastróficos que podem ser observados agora e nos próximos anos.

Pensando nisso, preparamos aqui um guia completo explicando o que é aquecimento global, qual a relação entre efeito estufa e aquecimento global, quais são as causas, consequências e possíveis soluções para o problema. Siga a leitura e descubra a resposta para essas e outras questões!

O que é o aquecimento global?

O aquecimento global é o conjunto de mudanças climáticas em grande escala que são marcadas, principalmente, por uma elevação nos padrões de temperatura do planeta.

Esse fenômeno não apenas resulta em níveis mais altos de calor, mas também desencadeia uma série de fatores de risco adicionais que afetam a Terra, como o aumento da frequência e da intensidade das chuvas, a ocorrência de furacões e outros eventos climáticos extremos.

O que causa o aquecimento global?

A criação e o desenvolvimento das indústrias que se deu a partir dos anos 1800 foram o início do agravamento do aquecimento global. As novas tecnologias baseadas no uso de carvão e outros combustíveis fósseis, como o petróleo, passaram a aumentar a emissão de gases poluentes que não conseguem sair da Terra e causam o chamado efeito estufa.

No efeito estufa, gases como metano e dióxido de carbono se acumulam em excesso na atmosfera e agem como um grande cobertor sobre a Terra. Assim, o calor do sol que chega até o planeta fica preso por aqui e não consegue retornar para o espaço. Aos poucos, isso faz com que a temperatura global aumente.

As atividades humanas no período pós-industrial são consideradas as principais causas do aquecimento global. As indústrias produtoras de ferro, aço e cimento, por exemplo, assim como os meios de transporte que dependem da queima de combustíveis fósseis, vêm emitindo diariamente grandes quantidades desses gases e de outras partículas que prejudicam a qualidade do ar e colocam em risco a saúde humana.

O desmatamento, seja ele para uso da madeira ou da terra, também é um emissor voraz de gases do efeito estufa. Isso acontece porque, durante o crescimento das árvores, esses vegetais absorvem gás carbônico e devolvem oxigênio limpo para a atmosfera. Ao serem cortadas, essas plantas não somente param de purificar o ar ao seu redor, como também liberam o carbono que estavam armazenando, aumentando ainda mais a quantidade de gases livres do efeito estufa.

Como o aquecimento global afeta a vida no planeta?

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2021, a concentração de gases do efeito estufa atingiu o nível mais alto em milhões de anos no planeta Terra. Essa alta já contribuiu para a elevação das médias térmicas do planeta em mais de 1 grau.

Em 2022, a média de temperatura na Terra foi de 1,15 graus acima da média registrada entre 1850 e 1900, no início do desenvolvimento das indústrias. Se seguirmos no ritmo atual, o aquecimento global deve causar o aumento de até 3,2 graus na média de temperatura do planeta até o fim do século. 

As mudanças na temperatura são somente uma das consequências do aquecimento global. Secas intensas, incêndios severos, aumento do nível do mar, cheias e inundações, derretimento de gelo polar, invernos rigorosos em determinadas regiões, tempestades catastróficas e outros eventos extremos podem se tornar cada vez mais frequentes na medida em que as mudanças climáticas progridem.

Além de aumentar os riscos físicos relacionados à segurança de comunidades em situação de vulnerabilidade, com a maior possibilidade de alagamentos e desmoronamentos, por exemplo, tudo isso ainda pode acarretar variações na disponibilidade e no preço da energia, bem como um declínio na oferta de água doce e na produção de alimentos. Juntos, esses fatores têm grande potencial para contribuir para uma alta na fome mundial.

A vida nos oceanos também corre risco com o aquecimento global. As grandes quantidades de gás carbônico no planeta aumentam a acidez da água e impedem o crescimento dos recifes de corais, estruturas que atuam como um refúgio para uma infinidade de espécies marinhas, fornecendo abrigo e alimentação para peixes, moluscos e até tartarugas.

Todas essas mudanças devem prejudicar a biodiversidade a nível global. Isso significa que a variedade de formas de vida no planeta pode ser reduzida por meio da extinção das espécies que não se adaptarem às novas condições. Esse processo deve influenciar negativamente o equilíbrio presente em cada habitat e desencadear uma série ainda maior de mudanças na natureza como a conhecemos.

O que o Brasil pode fazer para diminuir o aquecimento global?

O Brasil tem um lugar de destaque entre os países que mais emitem gases do efeito estufa na atmosfera. O desmatamento e as mudanças no uso do solo para agricultura e pastagem são alguns dos fatores que garantem essa posição, liberando mais poluentes na atmosfera e destruindo regiões florestais responsáveis pela purificação do ar.

Estratégias para frear essas emissões podem ser incentivadas por políticas e regulamentações nacionais ou coletivas. Em 2021, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030.

Na ocasião, o Governo Federal destacou como parte das estratégias a criação de programas de incentivo para a preservação ambiental. Outras medidas incluem o incentivo ao reflorestamento de áreas desmatadas e o uso de energias limpas e renováveis. 

Nesse cenário, o Mercado Livre de Energia é um assunto em pauta que pode ganhar cada vez mais espaço. Trata-se de um sistema em que os consumidores podem optar por fontes energéticas alternativas às concessionárias tradicionais, comparando valores monetários, éticos e ecológicos, por exemplo.

As usinas de energia solar são uma das grandes promessas no país. Com a energia eólica, essa alternativa é uma opção renovável, abundante, com poucos impactos negativos e que não emite gases do efeito estufa durante a geração. Essas fontes vêm para complementar a produção de energia hidrelétrica, uma geração energética renovável que já é amplamente utilizada no país.

Empresas privadas nacionais também podem colaborar com diminuição do aquecimento global por meio da adoção de ações da agenda ESG, ou seja, práticas sustentáveis em termos ambientais, sociais e de governança.

Além de incentivar fatores como o consumo consciente, gestão de resíduos e a diminuição nas emissões durante as atividades da marca, os princípios de ESG também envolvem preocupações com a responsabilidade social, como inclusão e diversidade, e com uma gestão mais ética, humana e transparente, visando um desenvolvimento mais sustentável e consciente.

É possível frear o aquecimento global?

O aquecimento global é um grande desafio não só para o futuro do planeta, mas também para o presente. Com o aumento da temperatura média global que já está se concretizando, esse evento pode trazer consequências gravíssimas para a diversidade e para a existência da vida na Terra. 

Mas ainda é possível evitar que os efeitos desses eventos se agravem. Escolher fontes de energia limpa, estimular o reflorestamento e o uso consciente do solo, por exemplo, são atitudes responsáveis que podem fazer toda a diferença a longo prazo.

A EDP é sua parceira na busca por soluções sustentáveis em energia, uma empresa  comprometida com os princípios de ESG e presente há mais de 20 anos no Brasil. Aproveite que está por aqui e leia também este nosso outro artigo Mercado livre de energia e a agenda ESG!

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